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FHC aceita reunião com equipe de MG
da Sucursal de Brasília
Em carta ao presidente nacional
do PMDB, senador Jader Barbalho
(PA), o presidente Fernando Henrique Cardoso concordou com a
negociação entre as equipes econômicas do governo de Minas e da
União, mas negou o desbloqueio
dos recursos do Estado retidos por
causa da moratória decretada pelo
governador Itamar Franco.
"Reitero, na oportunidade, que
outra coisa não deseja o governo
federal se não que as equipes econômicas daquele Estado e da
União se reúnam para avaliar a situação financeira do Estado e encontrar soluções", disse FHC.
A carta de FHC foi encaminhada
a Jader na noite de quinta-feira, em
resposta à correspondência enviada pelo senador no dia anterior,
em nome da bancada do PMDB.
Jader defendeu a "inadiável abertura de franco diálogo entre os governos da União e de Minas Gerais,
como única forma racional de encaminhar esse problema de desencontro administrativo". E propôs a
negociação, via segundo escalão,
dos dois níveis de governo.
"Concordo com Vossa Excelência quanto à necessidade de diálogo franco entre os governos como
a única forma racional de encaminhar os desencontros administrativos. A ele estou, como sempre estive, aberto", disse o presidente.
O senador também pediu a "imediata suspensão das sanções econômico-administrativas impostas
ao governo de Minas Gerais, a
exemplo do que estaria sendo
acordado com a administração estadual do Rio Grande do Sul".
FHC respondeu: "Informo à
Vossa Excelência que o governo federal não impôs qualquer sanção
econômico-administrativa ao Estado de Minas ou a qualquer unidade federada. Apenas, no cumprimento da lei e da decisão do Senado Federal, ressarciu-se de pagamentos que lhe eram devidos".
Ontem, Jader disse que Itamar
deveria aceitar a negociação, apesar de FHC não ter concordado
com o desbloqueio dos recursos.
Segundo ele, o fim das sanções
poderia ser tratado durante os entendimentos. "A carta do presidente demonstra seu interesse em
negociar e significa que ele descarta qualquer tipo de intervenção no
Estado", afirmou o senador.
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