São Paulo, Sábado, 06 de Março de 1999
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FHC aceita reunião com equipe de MG

da Sucursal de Brasília

Em carta ao presidente nacional do PMDB, senador Jader Barbalho (PA), o presidente Fernando Henrique Cardoso concordou com a negociação entre as equipes econômicas do governo de Minas e da União, mas negou o desbloqueio dos recursos do Estado retidos por causa da moratória decretada pelo governador Itamar Franco.
"Reitero, na oportunidade, que outra coisa não deseja o governo federal se não que as equipes econômicas daquele Estado e da União se reúnam para avaliar a situação financeira do Estado e encontrar soluções", disse FHC.
A carta de FHC foi encaminhada a Jader na noite de quinta-feira, em resposta à correspondência enviada pelo senador no dia anterior, em nome da bancada do PMDB.
Jader defendeu a "inadiável abertura de franco diálogo entre os governos da União e de Minas Gerais, como única forma racional de encaminhar esse problema de desencontro administrativo". E propôs a negociação, via segundo escalão, dos dois níveis de governo.
"Concordo com Vossa Excelência quanto à necessidade de diálogo franco entre os governos como a única forma racional de encaminhar os desencontros administrativos. A ele estou, como sempre estive, aberto", disse o presidente.
O senador também pediu a "imediata suspensão das sanções econômico-administrativas impostas ao governo de Minas Gerais, a exemplo do que estaria sendo acordado com a administração estadual do Rio Grande do Sul".
FHC respondeu: "Informo à Vossa Excelência que o governo federal não impôs qualquer sanção econômico-administrativa ao Estado de Minas ou a qualquer unidade federada. Apenas, no cumprimento da lei e da decisão do Senado Federal, ressarciu-se de pagamentos que lhe eram devidos".
Ontem, Jader disse que Itamar deveria aceitar a negociação, apesar de FHC não ter concordado com o desbloqueio dos recursos.
Segundo ele, o fim das sanções poderia ser tratado durante os entendimentos. "A carta do presidente demonstra seu interesse em negociar e significa que ele descarta qualquer tipo de intervenção no Estado", afirmou o senador.


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