São Paulo, sexta-feira, 06 de abril de 2001

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Processo corre em segredo e tem 4 réus

DA ENVIADA ESPECIAL A SALVADOR

A ação judicial para identificação dos responsáveis pelas contas-fantasmas tramita em segredo de Justiça na 17ª Vara Federal de Salvador e tem quatro réus. Segundo o Ministério Público, o segredo deve-se à existência, nos autos, de informações que envolvem sigilo bancário.
Os réus são o ex-gerente da agência do Citibank Renato Ângelo Tourinho; o diretor-executivo do jornal ""Correio da Bahia", Marco Antônio Leal Carlos de Souza; o diretor administrativo da TV Bahia, Isaac Chaves Edington e o empresário carioca Cláudio Noronha Chagas Freitas.
Eles foram denunciados em outubro de 1994 pela procuradora da República Mariane Guimarães de Mello.
Renato Tourinho foi denunciado sob acusação de falsidade ideológica e gestão fraudulenta de instituição financeira, por ter aberto a conta dos fantasmas Hugo Tavares Freire Filho e Heloisa Góes Freire na condição de gerente da agência.
Marco Antônio Leal foi denunciado por suspeita de crime continuado de falsidade ideológica, por ter assinado 29 cheques da fantasma Esmeralda Ferreira da Silva. Na ocasião do inquérito, ele era diretor operacional da TV Bahia e hoje é diretor-executivo do jornal ""Correio da Bahia", ambos da família de ACM.
Isaac Chaves Edington foi denunciado por suspeita de falso testemunho, por ter sustentado a informação de que o depósito de CR$ 20 milhões da Odebrecht na conta da TV Bahia se destinava ao pagamento de serviços de filmagens aéreas prestados pela emissora. Não foram encontrados os filmes nem comprovantes de despesa com avião.
Cláudio Noronha Chagas Freitas foi denunciado sob acusação de emissão de duplicatas e notas fiscais falsas. A perícia comprovou que o empresário preencheu de próprio punho as faturas e as notas fiscais em favor da TV Bahia, relativas ao suposto aluguel de equipamentos.
Segundo o Ministério Público Federal, apesar dos 11 anos transcorridos desde a abertura da conta, os crimes não estão prescritos.


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