|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Condenação de Serra é improvável
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
É praticamente nulo o risco de o
pré-candidato à Presidência José
Serra ser condenado e ter o registro de candidatura cassado pelo
TSE (Tribunal Superior Eleitoral)
na representação em que o PT
acusa o presidente Fernando
Henrique Cardoso, a União e o
PSDB de usar a publicidade oficial
para favorecer o tucano.
A principal razão é que Serra
ainda não é nem sequer candidato do ponto de vista formal. As
candidaturas só serão registradas
em julho. Por isso, ele não está incluído na representação.
A exclusão de seu nome por si
só já impede que uma eventual
condenação dos envolvidos se estenda a ele, segundo explicou um
ex-ministro do TSE à Folha.
Esse ex-ministro disse ainda
que uma ação contra Serra após o
registro de sua candidatura também não surtiria efeito, porque
não terá força o argumento de
que o tucano fora beneficiado por
uma propaganda que durou menos de um mês e saiu do ar três
meses antes do início oficial da
campanha, em 6 de julho.
Também seriam remotas as
possibilidades de FHC ser condenado por uso indevido dos meios
de comunicação e ficar três anos
impedido de concorrer a cargo
público, como quer o PT.
A punição do presidente é considerada improvável, porque seria necessário o PT apresentar
provas de difícil obtenção, como a
evidência de que ele desejou beneficiar o seu candidato com a
publicidade oficial.
Anteontem, uma liminar do
TSE suspendeu a campanha publicitária "Uma Nova Era" e o uso,
em outras peças publicitárias, do
símbolo que contém o número
oito, das cores da bandeira nacional e da frase "Brasil oito anos
construindo o futuro". A liminar
foi pedida pelo PT.
(SF)
Texto Anterior: Rumo às eleições: Governo quer anular decisão do TSE, mas adia anúncios Próximo Texto: Grande irmão: "Os Simpsons" escarnecem do Brasil Índice
|