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RUMO ÀS ELEIÇÕES
Em ano eleitoral, Ministério das Comunicações investe R$ 453 milhões para ajudar famílias de baixa renda
Governo anuncia subsídio à conta telefônica
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em ano eleitoral, o governo
anunciou ontem mais um programa para atender à população de
baixa renda, que prevê o subsídio
à instalação de telefones fixos (públicos e particulares) e ao pagamento de contas telefônicas.
De acordo com o ministro Juarez Quadros (Comunicações), a
previsão é que o edital para a instalação de telefones esteja pronto
até setembro -um mês antes das
eleições-, e os primeiros aparelhos devem ser instalados a partir
de novembro.
Os recursos disponíveis neste
ano para a instalação dos telefones e subsídio da conta são de R$
453 milhões.
Parte desses recursos vem do
Orçamento de 2002 -R$ 112 milhões- e o restante é do Fust
(Fundo de Universalização dos
Serviços de Telecomunicações).
Apenas as concessionárias de telefonia fixa podem executar os
serviços usando esses recursos.
O Fust tem cerca de R$ 2,2 bilhões acumulados desde o ano
passado. Esse fundo é arrecadado
das empresas de telecomunicações (1% da receita operacional
bruta). Parte do dinheiro deveria
ter sido usada no ano passado,
mas os editais para instalação de
computadores em escolas foram
paralisados pela Justiça.
Antes disso, o projeto do Programa de Telecomunicações ficará em consulta pública. O edital
com as definições do programa
será elaborado pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações).
No Brasil, existem aproximadamente 10 milhões de linhas telefônicas disponíveis que não estão
instaladas.
Já está definido que os projetos
deverão atender a localidades
com menos de cem habitantes,
propriedades rurais isoladas, famílias com baixo poder aquisitivo
e pessoas carentes portadoras de
deficiência física.
Cartão
O ministro das Comunicações
disse que a maneira como será dado o subsídio à conta de telefone
ainda não está definida, mas que
uma hipótese possível seria a adoção de mecanismos parecidos
com os que o governo já usa nos
programas Bolsa-Escola ou Auxílio-Gás, por exemplo.
Nesses programas, o governo
deposita mensalmente uma
quantia em dinheiro em uma
conta e as famílias sacam a quantia com o uso de um cartão magnético.
Outra solução possível seria fazer com que os telefones fixos
usassem um sistema semelhante
ao que é usado com os telefones
celulares pré-pagos.
As concessionárias de telefonia
fixa -como a Telefônica e a Telemar, por exemplo- tiveram que
cumprir metas de universalização
(instalação de telefones) impostas
nos contratos de concessão.
O programa do governo tem o
objetivo de complementar a universalização imposta pelos contratos.
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