São Paulo, terça-feira, 06 de abril de 2004 |
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PAINEL Livre pensar A despeito do choro petista, FHC julga ter todo o direito de bater no governo, como fez no domingo em artigo na imprensa, após 15 meses de relativa discrição. O tom subirá com o avanço da campanha eleitoral. Dividir o adversário Ao aplaudir a política econômica, o ex-presidente busca expor divergência interna que consome o governo Lula. Suas mesuras a Palocci e equipe são indigestas para boa parte do PT. Dentes à mostra Às vésperas do almoço de Lula com peemedebistas, Renan Calheiros discursará hoje em defesa de mudanças na economia. O senador alagoano está inquieto com o silêncio do Planalto sobre o projeto que permitirá reeleger as Mesas do Congresso. Nas entrelinhas Em seu discurso, Renan cobrará o cumprimento de acordos feitos pelo Planalto, como a rápida votação da emenda paralela da Previdência. Sujeito oculto: o compromisso que o governo teria assumido para apoiá-lo na sucessão de José Sarney. Vento a favor Enquanto Renan se debate, Sarney avalia que, quanto menos se mexer, mais próximo estará da reeleição no Senado. Quinta coluna Pelos cálculos do Planalto, o governo pode contar com fidelidade incondicional de apenas três dos 14 senadores petistas. Ninho reconciliado A pedido de FHC, Tasso Jereissati descartou publicamente a idéia de que tenha sido espionado a mando de José Serra: "Não é do seu estilo, de suas convicções morais". Café com urânio João Paulo Cunha receberá hoje para café da manhã o chanceler Celso Amorim e integrantes da Comissão de Relações Exteriores da Câmara. No cardápio, o contra-ataque às suspeitas lançadas nos EUA sobre o programa nuclear brasileiro. Sinal de radar O PMDB colocou Marcelo Sereno na alça de mira. A sigla atribui ao assessor de José Dirceu a boataria sobre possível demissão de Paulo Lustosa, secretário-executivo das Comunicações. Sem escala No PT paulistano, muitos acreditam que Marta Suplicy de fato não planeja disputar a sucessão do tucano Geraldo Alckmin, como a prefeita tem repetido. Se reeleita, seu sonho de consumo seria o posto de vice na chapa de Lula em 2006. Pé no chão Já revisto em âmbito nacional, o sonho eleitoral do PT sofreu enxugamento também em São Paulo. Pré-Waldomiro, o partido previa saltar de 40 para 200 prefeituras no Estado. Agora, ficará satisfeito se chegar a 120. Média-metragem Acusado por colegas de falar por mais de dez minutos durante aparte em que não deveria passar dos três, Eduardo Suplicy foi aos arquivos da TV Senado e cronometrou sua intervenção. Sustenta que ela não superou a marca dos seis minutos. Público fiel Embora vilipendiado pela cúpula petista, que o considera tucano, José Roberto Santoro tem admiradores no partido. Entre eles está a deputada Iriny Lopes, entusiasta do trabalho do subprocurador contra o crime organizado no Espírito Santo. Visita à Folha Václav Hubinger, embaixador da República Tcheca, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Josef Marsícek, cônsul-geral da República Tcheca. TIROTEIO Do procurador-geral de Justiça de São Paulo, Rodrigo Pinho, sobre a defesa da "lei da mordaça" feita por membros do governo federal uma vez revelado trecho de conversa entre o subprocurador-geral José Roberto Santoro e o empresário do jogo Carlinhos Cachoeira: -É um atentado ao Ministério Público e à liberdade de imprensa. Estranhamos a posição de setores do PT, diametralmente oposta à do partido antes de sua chegada ao poder. CONTRAPONTO Disputa animal
Embora esteja no governo de
Mato Grosso do Sul há seis anos,
o PT encontra dificuldade para
firmar-se na capital do Estado,
administrada pelo PMDB faz
mais de uma década. |
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