São Paulo, terça-feira, 06 de abril de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Amorim nega que haja impasse

DA SUCURSAL DO RIO

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ontem que não há nenhum impasse entre Brasil e EUA por causa das inspeções internacionais na fábrica de combustível nuclear de Resende (RJ), mas não deu garantias de que o Brasil assinará o protocolo adicional do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, como quer o governo americano. O protocolo adicional permitiria inspeções-surpresa da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
Amorim criticou as "potências nucleares" por supostamente não cumprirem sua parte no tratado. "Há países que explodiram abertamente artefatos nucleares e que não teriam feito isso se tivesse havido esforço real das potências nucleares para se desarmarem, como está previsto no Tratado de Não-Proliferação", disse Amorim após palestra no Rio. As potências nucleares reconhecidas pelo tratado são EUA, China, França, Grã-Bretanha e Rússia.
O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), disse que a posição do Brasil sempre foi ""clara e efetiva" contra a utilização da energia nuclear para fins bélicos e, por isso, não pode ser comparado a países que sempre se manifestaram a favor de armas nucleares.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou ontem que o governo dos Estados Unidos está ""exorbitando".
"Se o Brasil tem uma tecnologia [enriquecimento de urânio] que é ambicionada, não pode entregar essa tecnologia de mão beijada."


Texto Anterior: Energia política: Brasil reage e diz que pressão por inspeção é "inaceitável"
Próximo Texto: Substância radioativa vaza em fábrica no Rio
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.