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Amorim nega que haja impasse
DA SUCURSAL DO RIO
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, disse ontem que não há nenhum impasse
entre Brasil e EUA por causa das
inspeções internacionais na fábrica de combustível nuclear de Resende (RJ), mas não deu garantias
de que o Brasil assinará o protocolo adicional do Tratado de Não-Proliferação Nuclear, como quer
o governo americano. O protocolo adicional permitiria inspeções-surpresa da AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica).
Amorim criticou as "potências
nucleares" por supostamente não
cumprirem sua parte no tratado.
"Há países que explodiram abertamente artefatos nucleares e que
não teriam feito isso se tivesse havido esforço real das potências
nucleares para se desarmarem,
como está previsto no Tratado de
Não-Proliferação", disse Amorim
após palestra no Rio. As potências
nucleares reconhecidas pelo tratado são EUA, China, França,
Grã-Bretanha e Rússia.
O presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP), disse que a
posição do Brasil sempre foi ""clara e efetiva" contra a utilização da
energia nuclear para fins bélicos e,
por isso, não pode ser comparado
a países que sempre se manifestaram a favor de armas nucleares.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), afirmou ontem que o governo dos Estados
Unidos está ""exorbitando".
"Se o Brasil tem uma tecnologia
[enriquecimento de urânio] que é
ambicionada, não pode entregar
essa tecnologia de mão beijada."
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