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Votação de texto teve aplausos
e xingamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao prever que seria derrotada, a bancada governista na
CPI tentou, aos berros, interromper a votação do relatório
logo no início da sessão, quando o deputado Jorge Bittar (PT-RJ) começou a protestar porque não havia recebido por escrito as mudanças de última
hora feitas pelo relator Osmar
Serraglio (PMDB-PR).
A votação foi marcada, de
um lado, por comemorações
dos parlamentares a favor do
relatório e, de outro, pela reclamação dos governistas.
Ao ser interrompido pelo
presidente da CPI, senador
Delcídio Amaral (PT-MS), Bittar partiu para cima dele, sempre gritando, e foi contido por
outros parlamentares.
No mesmo estilo, a líder do
PT, senadora Ideli Salvatti
(SC), em vez de votar, queria
deixar registrada sua posição
contrária ao relatório, mas o
som do microfone foi cortado.
"O senhor vai me garantir o direito de falar", protestou Ideli.
"Estamos em processo de votação", respondeu Delcídio.
Após o encerramento, Bittar
voltou para frente da mesa e
xingou Delcídio de "filho da
puta". O senador pretende entrar com uma representação
contra o deputado petista por
quebra de decoro. Já os oposicionistas apoiaram Delcídio e
aplaudiram os votos favoráveis
de três deputados da base aliada. No final da sessão, Serraglio
foi carregado no colo pelos parlamentares do PSDB e do PFL.
A tensão começou antes do
início da sessão, o presidente
da CPI ficou irritado com a inviabilização do acordo e chamou parlamentares da oposição de "imaturos" em reunião
em seu gabinete à tarde.
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