São Paulo, quinta-feira, 06 de abril de 2006

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Votação de texto teve aplausos e xingamento

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao prever que seria derrotada, a bancada governista na CPI tentou, aos berros, interromper a votação do relatório logo no início da sessão, quando o deputado Jorge Bittar (PT-RJ) começou a protestar porque não havia recebido por escrito as mudanças de última hora feitas pelo relator Osmar Serraglio (PMDB-PR).
A votação foi marcada, de um lado, por comemorações dos parlamentares a favor do relatório e, de outro, pela reclamação dos governistas.
Ao ser interrompido pelo presidente da CPI, senador Delcídio Amaral (PT-MS), Bittar partiu para cima dele, sempre gritando, e foi contido por outros parlamentares.
No mesmo estilo, a líder do PT, senadora Ideli Salvatti (SC), em vez de votar, queria deixar registrada sua posição contrária ao relatório, mas o som do microfone foi cortado. "O senhor vai me garantir o direito de falar", protestou Ideli. "Estamos em processo de votação", respondeu Delcídio.
Após o encerramento, Bittar voltou para frente da mesa e xingou Delcídio de "filho da puta". O senador pretende entrar com uma representação contra o deputado petista por quebra de decoro. Já os oposicionistas apoiaram Delcídio e aplaudiram os votos favoráveis de três deputados da base aliada. No final da sessão, Serraglio foi carregado no colo pelos parlamentares do PSDB e do PFL.
A tensão começou antes do início da sessão, o presidente da CPI ficou irritado com a inviabilização do acordo e chamou parlamentares da oposição de "imaturos" em reunião em seu gabinete à tarde.


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