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EM NOME DO EX-MINISTRO
José Roberto Leal tem temperamento forte
Advogado acumula
defesas polêmicas
DA REPORTAGEM LOCAL
José Roberto Leal, 60, um dos
advogados de defesa do ex-ministro Antonio Palocci (Fazenda), é o mesmo que foi citado
por Paulo Maluf (PP) como o
suposto encarregado de comprar o silêncio de um doleiro
que incriminava o ex-prefeito.
O nome de Leal surgiu numa
conversa entre Maluf e o filho
Flávio, gravada pela Polícia Federal em junho do ano passado
e que se converteu num dos motivos que levaram a Justiça a decretar a prisão de pai e filho.
No diálogo, Maluf se diz irritado com Leal, que teria conduzido mal a conversa com o doleiro. "O Leal não serve como embaixador [...]. Em próxima missão diplomática, não pode botar
o Leal", afirmou Maluf.
À época, o advogado e os Maluf disseram que o diálogo estava fora de contexto.
Apreciador, como Maluf, de
vinhos, o advogado também é
conhecido pelo temperamento
irascível. Anteontem, questionado por uma jornalista da Folha sobre quem pagava os honorários dele e de seu colega José
Roberto Batochio, respondeu:
"Posso dizer que foram várias
pessoas, sua mãe, seu pai".
O advogado gosta de associar
sua biografia à defesa de presos
políticos durante o regime militar. Foi por isso cobrado por colegas e amigos quando passou a
defender o ex-prefeito.
Em 71, num nos períodos mais
duros do regime, com Emílio
Garrastazu Médici presidente
da República, Leal, então estudante de direito da Universidade de São Paulo, foi eleito presidente do 11 de Agosto. Entre 70 e
80, Leal atuou na defesa dos processados pela Justiça Militar. Foi
assim que conheceu a primeira
mulher, ex-presa política.
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