São Paulo, quinta-feira, 06 de abril de 2006

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ASCENSÃO E QUEDA

Marcelo Netto trabalhou na campanha de Lula e passou a assessorar Palocci após sua nomeação

Sob Collor, jornalista presidiu Radiobrás

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Antes de assumir a responsabilidade pela definição das estratégias de comunicação do Ministério da Fazenda, o jornalista Marcelo Netto trabalhou em importantes jornais, revistas e televisões do país. No governo de Fernando Collor (1990-92), chegou a presidir a Radiobrás, estatal de comunicação.
Trabalhou também como repórter da revista "Veja", da Folha e ocupou cargos de direção no jornal "O Globo" e na TV Globo. Durante a campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2002, Netto trabalhou com o publicitário Duda Mendonça, que era responsável pelo marketing da campanha eleitoral do PT e cuidava pessoalmente da imagem de Lula.
Após a eleição, Netto integrou a equipe de transição do governo e passou a trabalhar diretamente com Antonio Palocci, coordenador da nova equipe. Ao ser nomeado ministro da Fazenda, Palocci convidou o jornalista para assessorá-lo.
Inicialmente, Netto seria o porta-voz do ministro e um elo entre os demais técnicos do ministério e a imprensa. Com o tempo, sua importância interna cresceu e passou a responder pelos assuntos relacionados somente ao ministro. Ele acompanhava Palocci e sempre era consultado pelo então ministro em momentos de crise envolvendo outras áreas da equipe econômica, como o Banco Central.
Netto não gostava de ser identificado como assessor de imprensa do ministro, dizia ser "estrategista" de Palocci. Na Fazenda, tinha salário de DAS 5, o segundo nível abaixo do ministro.
Militante do PC do B (Partido Comunista do Brasil) na juventude, Netto foi preso em Vitória (ES) no começo dos anos 70 e, na prisão, casou com Miriam Leitão, sua primeira mulher. O jornalista também foi casado com Ana Paula Padrão, apresentadora do "SBT Brasil".


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