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Gaúcho abre sua 2ª fronteira
do enviado especial
Aos 63 anos, o gaúcho Evaldino
Dal'Maso está desbravando, em
Sapezal, a sua segunda fronteira
agrícola. Na primeira vez, quando
tinha 20 anos, saiu de Passo Fundo
(RS) para trabalhar no Paraná.
``Toledo era uma fronteira nova
na época. Foi mais difícil do que
agora, porque tudo era manual, na
base da foice e do machado''.
Também aos 20 anos, seu filho
Eleanor, 36, saiu do Paraná, onde
o pai tinha ido tentar a sorte, para
ser pioneiro no Mato Grosso.
A família chegou a Sapezal em
81, quando só havia meia-dúzia de
colonos. ``A maior parte da terra
do Estado na época era devoluta. E
parentes dos governadores eram
os posseiros'', conta Eleanor, hoje
presidente da Câmara de Sapezal.
Ele diz que pagaram o equivalente a duas sacas de soja por hectare
para obter a posse da terra. ``Para
legalizar a papelada no Incra custou o dobro'', conta.
Atualmente, os Dal'Maso plantam 2,7 mil hectares de soja e têm
uma produtividade de 3,2 toneladas por hectare. ``Temos muitas
áreas novas (em 1º ou 2º plantio).
Com tempo e tecnologia chegaremos a 3,5 toneladas por hectare.''
Ele calcula que não compensa ultrapassar a barreira de 4 toneladas/ha. Para obter essa produtividade, os investimentos passam a
ser tão grandes que a margem de
lucro começa a diminuir.
Como a maioria dos produtores
da região, os Dal'Maso não recorrem a bancos. O financiamento é
direto com o fornecedor, em sacas
de soja.
(JRT)
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