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QUESTÃO AGRÁRIA
Movimento agora se programa para manifestações pelo aniversário da morte de 19 sem-terra em confronto com a PM do Pará
MST diz ter completado plano de invasão no PA
LUÍS INDRIUNAS
da Agência Folha, em Parauapebas
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra)
completou seu
plano imediato
de invasões de
terra no sul do
Pará, segundo os seus líderes.
"Pelo menos, por enquanto, não
temos gente mobilizada para novas ocupações", afirmou o coordenador estadual do MST, Eurival
Martins.
Os líderes se deslocam para os
acampamentos nas fazendas invadidas para organizá-los. Na fazenda Goiás 2, reinvadida em 29 de
março, os sem-terra começaram
ontem a montar barracas para
acomodar as 120 famílias que dormiam nas duas casas de madeira
de uma das entradas da fazenda.
A morte de dois líderes do MST
aconteceu após a retirada dos
sem-terra desta fazenda, em 26 de
março.
Martins, porém, não descarta
novas invasões em breve. "Temos
apenas de arregimentar mais pessoas cadastradas", afirmou o
coordenador do MST.
A próxima atividade programada pelo MST é a realização de uma
manifestação em 17 de abril, aniversário de dois anos da morte de
19 sem-terra em confronto com a
Polícia Militar em Eldorado do
Carajás (PA).
Uma missa deve reunir integrantes dos assentamentos e invasões de todo o sul do Pará na chamada "curva do S", onde aconteceu a tragédia.
O deputado federal Geraldo Pastana (PT-PA), da Comissão da
Amazônia, esteve ontem na Goiás
2. Pastana informou que foi pedido à Polícia Federal proteção às
duas testemunhas que presenciaram o assassinato dos líderes.
O Exército continua acampado
entre as fazendas do complexo
Marimbondo e o assentamento
Vila dos Palmares. A família Miranda, proprietária das fazendas,
também acampa na fronteira de
sua propriedade. "Não temos prazo para sair", afirmou ontem Pedro Miranda de Oliveira Júnior.
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