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Mãe também apresentou 3 CPFs
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
O empresário José Osmar Borges e a mãe, Maria Antônia Borges, usaram, até 1997, três números de CPF diferentes, cada um.
A descoberta foi feita pela Receita Federal, tão logo iniciaram
as investigações sobre os desvios
no órgão, desencadeadas pela
Procuradoria da República em
Mato Grosso.
Uma ação civil pública, que tramita na 5ª Vara da Justiça Federal,
acusa Borges e Maria Antônia de
improbidade administrativa. Nenhum dos dois foi encontrado para falar sobre a documentação.
Além deles, figuram na ação os
ex-superintendentes da Sudam
Frederico Alberto de Andrade e
José Artur Guedes Tourinho, funcionários da extinta autarquia e as
secretárias e sócias de Borges nas
empresas, Ilma Martins Gustinelle e Cirlene Ferreira Muniz.
Investigação
A Polícia Federal abriu inquérito para apurar os desvios praticados pelas empresas de Borges
com os recursos do Finam (Fundo de Investimento da Amazônia), fundo público de incentivos
fiscais gerido pela Sudam.
Nos anos 90, Borges operou
com seis empresas, que receberam da Sudam R$ 104 milhões,
montante dado como desviado
pelo Ministério Público e pela PF.
O procurador Pedro Taques vai
aguardar a conclusão do inquérito na PF para propor uma ação
penal e vai ainda denunciar o empresário e a mãe pelo uso de três
CPFs. Borges usava os seguintes
números: 071715968-00,
319639601-06 e 118013601-20. Maria Antônia usava 621636801-00,
228690771-49 e 390273171-00.
Com a quebra do sigilo fiscal e
bancário do empresário, da ex-mulher e das seis empresas dele, a
PF está fazendo o cruzamento dos
cheques, conferindo notas fiscais
e conhecendo toda a contabilidade das empresas, além das operações bancárias. Os CPFs foram
usados em várias operações.
Conta
Nas investigações, descobriu-se
que Borges, por meio da empresa
Saint Germany, movimentou, em
1996, recursos em uma conta na
agência 179 do banco BCN, em
Ponta Porã (MS), sob o número
237.293-3, que está em nome do
"laranja" Pedro Paulo Velasquez
Romero.
Nessa conta, teriam sido movimentados, somente em junho daquele ano, R$ 209 milhões. Entre
as movimentações financeiras detectadas, figurariam algumas de
Borges.
(PP)
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