São Paulo, segunda-feira, 06 de maio de 2002

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Herdeira desconhecia indenização

DA REPORTAGEM LOCAL

A professora Maria Ada Cherubini, 65, conversou com a Folha, por telefone, no dia 5 de abril. Religiosa e realista, diz que vai aguardar o desfecho "com serenidade". (FV)

Folha - A sra. conheceu o imóvel que foi desapropriado?
Maria Ada Cherubini -
Eu não estive lá. O meu pai sempre viveu de atividades ligadas à terra, plantava arroz. Teve outra propriedade. Ele não chegou a receber a desapropriação.

Folha - A sra. sabe se a propriedade tinha alguma benfeitoria?
Maria Ada -
Minha mãe falava, na época, que ele sempre ia lá. Agora, detalhes, assim...

Folha - A sra. tem sido informada sobre o processo?
Maria Ada -
Não. A parte jurídica está com o advogado.

Folha - A sra. teve alguma informação sobre a indenização?
Maria Ada -
Não. Os processos demoram. Estou aguardando.

Folha - A indenização chegaria, hoje, a cerca de R$ 70 milhões. A sra. seria hoje uma milionária... Sabia desse valor?
Maria Ada -
O sr. está me dizendo. O processo está correndo. Não fico acompanhando.

Folha - Não informaram à sra.?
Maria Ada -
O sr. sabe mais do que eu. Se eu ficasse acompanhando, eu iria ficar neurótica.

Folha - Como foi a contratação dos advogados? A sra. lembra?
Maria Ada -
Quando eu assinei a procuração, tive a informação de que era um bom escritório de advocacia, pessoas corretas e idôneas. Eu já estou fazendo hora extra na vida. Sou uma pessoa religiosa, muito realista. Não fico alimentando grandes expectativas. Mesmo o que o sr. me disse agora, essa quantia enorme... vou aguardar o final com serenidade.


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