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Herdeira desconhecia indenização
DA REPORTAGEM LOCAL
A professora Maria Ada Cherubini, 65, conversou com a
Folha, por telefone, no dia 5 de
abril. Religiosa e realista, diz
que vai aguardar o desfecho
"com serenidade".
(FV)
Folha - A sra. conheceu o imóvel que foi desapropriado?
Maria Ada Cherubini - Eu não
estive lá. O meu pai sempre viveu de atividades ligadas à terra, plantava arroz. Teve outra
propriedade. Ele não chegou a
receber a desapropriação.
Folha - A sra. sabe se a propriedade tinha alguma benfeitoria?
Maria Ada - Minha mãe falava,
na época, que ele sempre ia lá.
Agora, detalhes, assim...
Folha - A sra. tem sido informada sobre o processo?
Maria Ada - Não. A parte jurídica está com o advogado.
Folha - A sra. teve alguma informação sobre a indenização?
Maria Ada - Não. Os processos
demoram. Estou aguardando.
Folha - A indenização chegaria, hoje, a cerca de R$ 70 milhões. A sra. seria hoje uma milionária... Sabia desse valor?
Maria Ada - O sr. está me dizendo. O processo está correndo. Não fico acompanhando.
Folha - Não informaram à sra.?
Maria Ada - O sr. sabe mais do
que eu. Se eu ficasse acompanhando, eu iria ficar neurótica.
Folha - Como foi a contratação
dos advogados? A sra. lembra?
Maria Ada - Quando eu assinei
a procuração, tive a informação de que era um bom escritório de advocacia, pessoas corretas e idôneas. Eu já estou fazendo hora extra na vida. Sou
uma pessoa religiosa, muito
realista. Não fico alimentando
grandes expectativas. Mesmo o
que o sr. me disse agora, essa
quantia enorme... vou aguardar o final com serenidade.
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