DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O anúncio oficial da suposta "golden share" do governo brasileiro na Star One aconteceu após uma audiência do então representante da Telmex no Brasil e o presidente da operadora de celular Claro, Carlos Henrique Moreira, com o então ministro das Comunicações, Eunício Oliveira (PMDB-CE), em junho de 2004.
Na ocasião, a Radiobrás, que faz o jornalismo oficial do governo, divulgou o resultado da reunião assim: "O governo poderá vetar atos que prejudiquem a continuidade dos serviços prestados pela "banda x" (local onde trafegam comunicações militares) da empresa de satélites da Embratel, a Star One. Este é um dos pontos previsto na golden share (ação com poder de veto) acordada entre o governo e a compradora da Embratel, Telmex, segundo o ministro das Comunicações".
De acordo com a reportagem, o governo poderia "explorar exclusivamente os serviços da "banda x", ou seja, a Star One não poderá oferecê-los a outros países". A Radiobrás informou ainda que, caso a Embratel quisesse vender a empresa de satélites ou fazer mudanças, o governo poderia vetar.
A reportagem oficial citou também o representante da Telmex, Carlos Henrique Moreira: "A golden share está dada como o governo queria", afirmou na ocasião. Além da mídia oficial, a "golden share" foi divulgada por todos os grandes jornais e redes de rádio e TV.


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