São Paulo, quinta-feira, 06 de junho de 2002

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BANESPA

Ex-governador paulista presidiu comissão parlamentar que investigou banco

Relator de CPI exime Quércia e Fleury

WLADIMIR GRAMACHO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O relator da CPI do Banespa, deputado Robson Tuma (PFL-SP), não apontou os ex-governadores paulistas Orestes Quércia (PMDB) e Luiz Antônio Fleury Filho (PTB) como responsáveis por irregularidades que determinaram a intervenção do Banco Central (BC), em 1994, no antigo banco estadual de São Paulo.
Nas 374 páginas do relatório, entregue ontem aos congressistas da comissão, as acusações se dirigiram a ex-dirigentes do BC, que teriam agido ilegalmente ao decretarem a intervenção no Banespa, e às empresas e instituições que participaram do processo de privatização do banco.
Sob críticas, Fleury Filho, atualmente deputado federal por São Paulo, foi o presidente da CPI do Banespa. "Em momento nenhum, o deputado Fleury pediu-me que deixasse de fazer algo", esquivou-se o relator Robson Tuma, ao apresentar seu relatório preliminar. A votação deve ficar para a próxima semana.
Segundo Tuma, "Fleury não está citado [no relatório", mas há dúvidas sobre a gestão frouxa [ocorrida no Banespa". Esta CPI não pretende passar nenhum atestado de correção para ex-administradores, governadores ou secretários de Estado".
Citação nominal mereceu o ex-presidente do Banespa Carlos Augusto Meinberg, a mais importante autoridade estadual denunciada no relatório. O ex-dirigente teria demorado a informar ao então governador, Fleury Filho, a intervenção do BC.


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