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São Paulo, sexta-feira, 06 de junho de 2003

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Líder do PSDB vê "escalada autoritária"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em ato de desagravo e solidariedade ao senador Paulo Paim (PT-RS), vice-presidente do Senado, por não ter sido recebido pelo ministro Ricardo Berzoini (Previdência), o líder do PSDB, Arthur Virgílio (AM), acusou diretamente o ministro José Dirceu (Casa Civil) pelo que ocorreu.
"Vejo uma escalada autoritária. Tenho feito alertas e mais alertas a respeito da escalada autoritária que vai tomando conta do cérebro do Dirceu. Figura afável na Câmara, correto, agradável, fraterno, o ministro empalma hoje um somatório de poderes tão enorme, tão majestoso, que tenho a impressão de que ele começa a sofrer distúrbios interiores e psicológicos, a ponto de imaginar que pode dizer ao ministro para não receber o senador", disse.
Na terça, a pedido de Dirceu, Berzoini se recusou a receber em seu gabinete Paim, que queria entregar-lhe uma proposta alternativa para a reforma da Previdência. Para o líder do PFL, José Agripino (RN), que também participou do ato, realizado no gabinete da Vice-Presidência do Senado, houve um desrespeito ao Senado, já que Paim respondia pela Presidência da Casa, no dia da audiência frustrada com Berzoini.
"Não receber adversário é antidemocrático, injustificável, mas até compreensível. Não receber correligionário não passa pela minha cabeça. E, quando um correligionário é a autoridade de um poder, no caso presidente do Senado, é um ato que merece repulsa, razão pela qual estamos aqui."


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