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Líder do PSDB vê "escalada autoritária"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em ato de desagravo e solidariedade ao senador Paulo Paim
(PT-RS), vice-presidente do Senado, por não ter sido recebido pelo
ministro Ricardo Berzoini (Previdência), o líder do PSDB, Arthur
Virgílio (AM), acusou diretamente o ministro José Dirceu (Casa
Civil) pelo que ocorreu.
"Vejo uma escalada autoritária.
Tenho feito alertas e mais alertas a
respeito da escalada autoritária
que vai tomando conta do cérebro do Dirceu. Figura afável na
Câmara, correto, agradável, fraterno, o ministro empalma hoje
um somatório de poderes tão
enorme, tão majestoso, que tenho
a impressão de que ele começa a
sofrer distúrbios interiores e psicológicos, a ponto de imaginar
que pode dizer ao ministro para
não receber o senador", disse.
Na terça, a pedido de Dirceu,
Berzoini se recusou a receber em
seu gabinete Paim, que queria entregar-lhe uma proposta alternativa para a reforma da Previdência. Para o líder do PFL, José Agripino (RN), que também participou do ato, realizado no gabinete
da Vice-Presidência do Senado,
houve um desrespeito ao Senado,
já que Paim respondia pela Presidência da Casa, no dia da audiência frustrada com Berzoini.
"Não receber adversário é antidemocrático, injustificável, mas
até compreensível. Não receber
correligionário não passa pela minha cabeça. E, quando um correligionário é a autoridade de um poder, no caso presidente do Senado, é um ato que merece repulsa,
razão pela qual estamos aqui."
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