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"Coligações-ônibus" patrocinam
prefeitos em busca da reeleição
DA AGÊNCIA FOLHA
A perspectiva de reeleição está
fazendo com que alguns prefeitos
de capitais consigam aglomerar
partidos em ""coligações-ônibus"
para o pleito de outubro.
O registro das candidaturas teria de ser confirmado ontem. Até
então, João Pessoa liderava a lista
das megacoligações nas capitais.
O prefeito da capital paraibana,
Cícero Lucena (PMDB), conseguiu aglutinar 21 dos 30 partidos
registrados nacionalmente em
torno de seu nome. Das legendas
maiores, Lucena só não cooptou
seu maior adversário, o PT.
São Luís fica em segundo lugar:
18 partidos sustentam a recandidatura de Jackson Lago (PDT).
A megacoligação une até o clã
Sarney, adversário histórico de
Lago, à campanha. No caso, o PFL
da governadora Roseana, filha do
ex-presidente José Sarney.
Ele tem outros pontos a favor: é
o prefeito mais bem avaliado (leia
texto acima) e lidera a corrida
eleitoral com 38% das intenções
de voto, segundo o Datafolha.
Kátia Born (PSB), que tenta a
reeleição em Maceió, uniu 13 partidos. Na penúltima posição no
ranking, ela tem 29% das intenções de voto, quase o dobro do segundo colocado, Paulão (PT).
O PFL reúne, em três capitais
que administra, o mesmo número de partidos. Em Salvador, o
hoje favorito Antonio Imbassahy
(50% das intenções), em terceiro
no ranking, aglutina 11 agremiações em torno de seu nome.
O pefelista Cássio Taniguchi, de
Curitiba (quarto colocado no
ranking Datafolha), uniu igual
número de partidos para enfrentar Roberto Requião (PMDB),
que acabou saindo da disputa.
Roberto Magalhães, de Recife,
sétimo no ranking, também uniu
11 partidos para a campanha.
Entre as capitais não incluídas
no levantamento do Datafolha,
Cuiabá se destaca com 16 partidos apoiando o prefeito Roberto
França, do PSDB.
Em Vitória, apesar de divergências sobre a presença do PPS na
chapa, o prefeito Luiz Paulo Vellozo Lucas (PSDB) vai entrar na
campanha com 12 partidos a tiracolo. O mesmo número ocorre
em torno de Firmino Filho, do
PSDB, prefeito de Teresina.
Campo Grande registra um caso curioso. O prefeito André Puccinelli (PMDB) está na disputa
com 13 partidos. Adversário ferrenho do PT, ele vai ter outro
""ônibus" disputando a sua cadeira: oito legendas se uniram ao petista Ben Hur Ferreira.
Em 1996, Puccinelli venceu o PT
por margem mínima. O PMDB
recebeu o troco em 1998, quando
Zeca do PT elegeu-se governador,
e promete uma campanha acirrada em Mato Grosso do Sul.
Manaus repete a disputa entre
""ônibus", mas com algumas peculiaridades. O candidato à reeleição, Alfredo Nascimento (PL), recebeu o apoio do PFL do governador Amazonino Mendes e de outros sete partidos. Já o principal
opositor, Eduardo Braga (PPB),
vai ao pleito com oito legendas.
A oposição na cidade perdeu a
chance de ampliar ainda mais a
frente porque Eron Berra (PC do
B-PCB) e Serafim Corrêa (PSB-PT-PDT) saíram separadamente,
como George Tassor (PSDB).
Antonio Valladares (PSB) e Ottomar Pinto (PTB), com oito aliados, tentam a reeleição em Aracaju e Boa Vista, respectivamente.
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