São Paulo, sexta-feira, 06 de julho de 2007

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Roriz evita sair de casa e afirma a seus aliados que serviu de "boi de piranha"

FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-senador Joaquim Roriz não saiu de casa ontem: ficou recebendo correligionários, amigos e familiares, que não paravam de entrar e sair de sua residência. Desabafou dizendo que se sentia um "boi de piranha".
O senador José Sarney lhe fez uma rápida visita por volta do meio-dia. À tarde, cinco mulheres, todas com mais de 40 anos, foram visitá-lo: "Viemos dar força ao nosso papai", disse Maria do Carmo. Vestida de azul, ela trazia consigo uma bandeira do ex-senador: "Em 2010, Roriz vai voltar. E se ele abrir a boca, mais gente vai se lascar".
Segundo sua secretária pessoal, Silvia Tom, Roriz promete dar uma entrevista coletiva amanhã às 10h. Também disse que Roriz insistiu muito em falar que foi julgado por pessoas que não estavam capacitadas e que ele estava se sentindo "boi de piranha" -pessoa sacrificada para salvar os companheiros. A seu pedido, não houve manifestações de apoio.
Em Samambaia -cidade-satélite criada por Roriz-, as denúncias que resultaram em sua renúncia não fizeram muita diferença em relação à sua força política local.
Antônia da Conceição, vendedora ambulante, sempre votou em Roriz: "Morava em uma invasão, e Roriz me deu um lar para criar meus filhos", explicou.


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