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Roriz evita sair de casa e afirma a seus aliados que serviu de "boi de piranha"
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ex-senador Joaquim
Roriz não saiu de casa ontem: ficou recebendo correligionários, amigos e familiares, que não paravam de entrar e sair de sua residência.
Desabafou dizendo que se
sentia um "boi de piranha".
O senador José Sarney lhe
fez uma rápida visita por volta do meio-dia. À tarde, cinco
mulheres, todas com mais de
40 anos, foram visitá-lo:
"Viemos dar força ao nosso
papai", disse Maria do Carmo. Vestida de azul, ela trazia consigo uma bandeira do
ex-senador: "Em 2010, Roriz
vai voltar. E se ele abrir a boca, mais gente vai se lascar".
Segundo sua secretária
pessoal, Silvia Tom, Roriz
promete dar uma entrevista
coletiva amanhã às 10h.
Também disse que Roriz insistiu muito em falar que foi
julgado por pessoas que não
estavam capacitadas e que
ele estava se sentindo "boi de
piranha" -pessoa sacrificada para salvar os companheiros. A seu pedido, não houve
manifestações de apoio.
Em Samambaia -cidade-satélite criada por Roriz-, as
denúncias que resultaram
em sua renúncia não fizeram
muita diferença em relação à
sua força política local.
Antônia da Conceição,
vendedora ambulante, sempre votou em Roriz: "Morava
em uma invasão, e Roriz me
deu um lar para criar meus
filhos", explicou.
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