São Paulo, sábado, 06 de agosto de 2005

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COMO NOS VELHOS TEMPOS

Atitude era comum no começo do governo

Presidente pára o carro para falar com eleitora

Sergio Lima/Folha Imagem
Sem sair do carro, Lula cumprimenta Lydia Queiroz Silva Carvalho, ontem, na entrada da Granja do Torto, quando ia ao Planalto


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Num gesto que lembrou os tempos de campanha eleitoral e o início de sua gestão, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ordenou ontem que o comboio que o levava ao Palácio do Planalto parasse na porta da Granja do Torto para que pudesse cumprimentar duas mulheres que o aguardavam.
Ostentando bandeiras do PT e do Brasil, Lydia Queiroz Silva Carvalho, 92, e sua filha Ana Maria Carvalho, 63, decidiram fazer plantão na porta da residência oficial para, numa tentativa arriscada, falar com Lula. Lydia mora em São Paulo e veio a Brasília para "visitar a filha", Ana Maria, e "conhecer o presidente". "Ele [Lula] vai superar isso [crise política]", disse Lydia.
Por volta das 11h, diante da iminente saída de Lula, as duas mulheres foram colocadas atrás de uma grade de ferro, para que ficassem na frente do portão onde o comboio passaria.
Mesmo assim, Lula conseguiu enxergá-las, pedindo ao motorista da Presidência que parasse seu carro -atitude rotineira em tempos de alta popularidade no início da gestão. Ontem, houve empurra-empurra, com os seguranças tentando evitar a aproximação dos fotógrafos, o que evitou que o próprio presidente conseguisse sair do veículo.
Com a porta aberta, ele apenas teve espaço para dar um beijo em Lydia e trocar algumas palavras. "A senhora está passeando em Brasília?", questionou o presidente. "Vim ver o senhor. Um beijo pro senhor e outro para a sua mulher", disse Lydia, prensada por seguranças, fotógrafos e cinegrafistas. (EDUARDO SCOLESE e SÉRGIO LIMA)

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