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O presidente da comissão de reforma tributária, deputado Germano Rigotto (PMDB-RS), condenou qualquer proposta de combate a pobreza que implique aumento de tributo.
"Não podemos jogar para cima do consumidor mais imposto", disse, em referência velada ao projeto antipobreza da Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
Para Rigotto, o trabalho da comissão mista que vai analisar os projetos de combate à pobreza não atrapalha a discussão de reforma tributária.
"A comissão terá de atentar para o que está sendo produzido na reforma tributária. Eles (os integrantes da comissão) têm de ficar atentos para não criar programas em cima de fontes que não existirão mais, se não o trabalho será prejudicado", afirmou.
Segundo Rigotto, a criação da comissão mista é oportuna. "Se fossemos discutir combate à pobreza na reforma tributária, atrasaria muito o nosso trabalho."
No Rio de Janeiro, o presidente interino da CNI (Confederação Nacional da Indústria), deputado Carlos Eduardo Moreira Ferreira (PFL-SP), criticou o projeto de ACM -seu correligionário.
Questionado sobre a idéia, Ferreira disse que a pobreza "não pode ser combatida com um projeto de lei e um fundo".
Para ele, que foi presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a CNI vê a recuperação da economia como o único meio de enfrentar o problema. "Todo mundo é contra a pobreza, mas nós achamos que ela só pode ser combatida com a retomada do crescimento."


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