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Jader quer estender a todos os
Estados benefício dado a SC
da Sucursal de Brasília
O presidente nacional do
PMDB, senador Jader Barbalho
(PA), afirmou ontem que vai tentar estender a todos os Estados
benefício concedido pelo governo
federal a Santa Catarina, que teve
dívida com o Ipesc (instituto de
previdência dos servidores estaduais) federalizada.
Jader é relator da medida provisória que permitiu a federalização
de uma dívida de R$ 670 milhões
do governo de Santa Catarina
com o Ipesc. Ele disse que "não há
possibilidade de fazer isso para
beneficiar apenas uma unidade
da federação". Afirmou que vai
"corrigir" a MP, elaborando um
projeto de conversão que estenda
o benefício a todos os Estados e
municípios.
A operação que beneficiou Santa Catarina atendeu às pressões
do governador do Estado, Esperidião Amin (PPB), e do presidente
nacional do PFL, senador Jorge
Bornhausen (SC).
Jader informou ter enviado expediente ao presidente da CAE
(Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado, Ney Suassuna
(PMDB-PB), informando que vai
mudar a MP. A CAE precisa aprovar o contrato de federalização da
dívida de Santa Catarina.
Jader espera que a CAE não
aprove o contrato antes do projeto de conversão ficar pronto.
"Estou alertando o presidente
da CAE para que tenha todos os
cuidados para evitar que a federalização seja desfigurada, beneficiando apenas uma unidade da
federação", afirmou Jader.
O governador Esperidião Amin
declarou que, com os R$ 670 milhões repassados pela União referentes à dívida com o Ipesc, iria
criar um fundo para custear as
despesas com o pagamento de
servidores inativos.
O governadores e os parlamentares catarinenses tentaram outra
opção para capitalizar o fundo: a
federalização de cerca de R$ 540
milhões em títulos emitidos irregularmente pelo Estado e que ainda não haviam chegado ao mercado. Como o Senado vetou a
operação, Amin e Bornhausen
negociaram com o governo a outra solução.
A federalização da dívida do governo catarinense com o Ipesc foi
autorizada pelo Senado no ano
passado. Uma resolução votada
em novembro de 98 permitia que
a dívida fosse incluída na renegociação global dos débitos dos Estados com a União.
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