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Deputado chama ministro de "despreparado"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Durante a audiência na Câmara, o ministro da Defesa, Geraldo
Quintão, foi pressionado a dar satisfações sobre a postergação do
reajuste dos militares para 2003 e
precisou explicar por que o Orçamento da União não privilegiou
sua pasta.
Sob o olhar passivo dos comandantes das Forças Armadas,
Quintão ouviu insultos do deputado Jair Bolsonaro (PPB-RJ), que
não atendeu às advertências, inclusive de que se retirasse da sessão, vindas da mesa da Comissão
de Relações Exteriores.
Bolsonaro chamou Quintão de
"despreparado" para a função de
ministro e afirmou que, por ter sido advogado do Banco do Brasil,
o ministro estaria "servindo aos
interesses dos EUA" no país.
Quintão, que até então ouvia calado, perdeu a paciência, bateu as
mãos na mesa e ameaçou se retirar. "Estou sendo desacatado e
ofendido", gritou.
Mais calmo, disse ser um homem de palavra e de caráter, que
enfrenta as dificuldades de seu
trabalho. "Não me escondo na
imunidade parlamentar", disse,
olhando para Bolsonaro.
"Eu tenho a dignidade de assumir perante a nação qualquer responsabilidade por essa postergação. Reconheço a pressão da área
do orçamento", disse após explicar que o reajuste implicaria despesas de R$ 2 bilhões.
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