São Paulo, quinta-feira, 06 de setembro de 2001

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Deputado chama ministro de "despreparado"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Durante a audiência na Câmara, o ministro da Defesa, Geraldo Quintão, foi pressionado a dar satisfações sobre a postergação do reajuste dos militares para 2003 e precisou explicar por que o Orçamento da União não privilegiou sua pasta.
Sob o olhar passivo dos comandantes das Forças Armadas, Quintão ouviu insultos do deputado Jair Bolsonaro (PPB-RJ), que não atendeu às advertências, inclusive de que se retirasse da sessão, vindas da mesa da Comissão de Relações Exteriores.
Bolsonaro chamou Quintão de "despreparado" para a função de ministro e afirmou que, por ter sido advogado do Banco do Brasil, o ministro estaria "servindo aos interesses dos EUA" no país.
Quintão, que até então ouvia calado, perdeu a paciência, bateu as mãos na mesa e ameaçou se retirar. "Estou sendo desacatado e ofendido", gritou.
Mais calmo, disse ser um homem de palavra e de caráter, que enfrenta as dificuldades de seu trabalho. "Não me escondo na imunidade parlamentar", disse, olhando para Bolsonaro.
"Eu tenho a dignidade de assumir perante a nação qualquer responsabilidade por essa postergação. Reconheço a pressão da área do orçamento", disse após explicar que o reajuste implicaria despesas de R$ 2 bilhões.


Texto Anterior: Comissão quer rejeitar acordo Brasil-EUA
Próximo Texto: Regime militar: Família Rubens Paiva será indenizada
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.