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Fazendeiros do
Pará desistem
de usar a força
DO FREE-LANCE PARA A
AGÊNCIA FOLHA, EM CURIONÓPOLIS
Fazendeiros da regiões sul e
sudeste do Pará entraram em
acordo com o governo do Estado e suspenderam a decisão de
fazer reintegrações de posse
"com as próprias mãos". A
ameaça surgiu anteontem,
diante do não-cumprimento
de cerca de 30 operações de
reintegração que seriam feitas
neste mês pela Polícia Militar.
O comando da PM disse que
as ações não foram suspensas.
Segundo a polícia, o juiz que
havia expedido as liminares de
reintegração (Marcos Alan de
Melo Gomes, da Vara Agrária
de Marabá) pediu que elas fossem recolhidas. O juiz pretende
reavaliar suas decisões após
ouvir o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma
Agrária), que disse que algumas das fazendas listadas seriam terras federais ou já em
processo de desapropriação.
A Polícia Militar anunciou
que haverá reintegração de
posse em duas fazendas já na
segunda-feira e que irá manter
no sul e no sudeste do Pará, até
que saia a decisão definitiva do
juiz, 170 homens do Comando
de Missões Especiais.
"Se o juiz der ganho de causa
para o cumprimento das nossas liminares e o comando da
PM não cumprir, iremos pedir
intervenção federal no Pará",
disse Diogo Naves Sobrinho,
presidente do Sindicato dos
Produtores Rurais de Marabá.
Segundo Naves Sobrinho, os
fazendeiros da região irão contratar empresas particulares de
segurança. "O Estado não nos
oferece a garantia constitucional de segurança", afirmou o líder ruralista.
Os fazendeiros continuam
bloqueando a rodovia PA-275,
que liga Eldorado do Carajás a
Parauapebas. O bloqueio começou na quarta-feira.
(VAL-ANDRÉ MUTRAN)
Colaborou a Agência Folha
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