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São Paulo, sábado, 06 de setembro de 2003

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Fazendeiros do Pará desistem de usar a força

DO FREE-LANCE PARA A
AGÊNCIA FOLHA, EM CURIONÓPOLIS

Fazendeiros da regiões sul e sudeste do Pará entraram em acordo com o governo do Estado e suspenderam a decisão de fazer reintegrações de posse "com as próprias mãos". A ameaça surgiu anteontem, diante do não-cumprimento de cerca de 30 operações de reintegração que seriam feitas neste mês pela Polícia Militar.
O comando da PM disse que as ações não foram suspensas. Segundo a polícia, o juiz que havia expedido as liminares de reintegração (Marcos Alan de Melo Gomes, da Vara Agrária de Marabá) pediu que elas fossem recolhidas. O juiz pretende reavaliar suas decisões após ouvir o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), que disse que algumas das fazendas listadas seriam terras federais ou já em processo de desapropriação.
A Polícia Militar anunciou que haverá reintegração de posse em duas fazendas já na segunda-feira e que irá manter no sul e no sudeste do Pará, até que saia a decisão definitiva do juiz, 170 homens do Comando de Missões Especiais.
"Se o juiz der ganho de causa para o cumprimento das nossas liminares e o comando da PM não cumprir, iremos pedir intervenção federal no Pará", disse Diogo Naves Sobrinho, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá.
Segundo Naves Sobrinho, os fazendeiros da região irão contratar empresas particulares de segurança. "O Estado não nos oferece a garantia constitucional de segurança", afirmou o líder ruralista.
Os fazendeiros continuam bloqueando a rodovia PA-275, que liga Eldorado do Carajás a Parauapebas. O bloqueio começou na quarta-feira. (VAL-ANDRÉ MUTRAN)


Colaborou a Agência Folha

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