DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Nelson Jobim (Defesa) contestou o resultado da perícia feita nos equipamentos da Abin e o governo determinou que novas análises sejam feitas para atestar se os aparelhos são capazes ou não de fazer grampos. O primeiro laudo foi considerado inconclusivo por Jobim, dando margem a interpretações dúbias.
A perícia foi determinada depois que Jobim acusou a Abin de comprar equipamentos que fazem interceptações de celulares, e não apenas varreduras, como alega a Abin. O resultado apontou que os aparelhos eram capazes de fazer as escutas, mas apenas se fossem acoplados a outros. Isoladamente, só fariam varreduras.
Segundo a Folha apurou, Jobim não aceitou o laudo, elaborado por técnicos do Exército a pedido do GSI (Gabinete de Segurança Institucional). Segundo um ministro, o documento só relata a capacidade técnica de cada equipamento. A saída foi encomendar nova análise. A Polícia Federal também poderá fazer um laudo.
O resultado dessas análises podem decidir o futuro do ministro-chefe do GSI, general Jorge Felix, responsável pela Abin -que, por lei, não pode fazer escutas.


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