São Paulo, quarta-feira, 06 de novembro de 2002

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Deputados insistem em reajustar seus salários

DA ENVIADA A BRASÍLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Mesmo dizendo-se constrangidos com a falta de definição para o salário mínimo, parlamentares insistem em votar ainda neste ano um aumento para seus próprios vencimentos. No lugar dos R$ 17.125 propostos pelo deputado Severino Cavalcanti (PPB-PE), os congressistas admitem receber cerca de R$ 12 mil ou R$ 13 mil.
Hoje eles recebem R$ 8.280 -o último aumento foi em janeiro, equivalente aos 3,5% concedidos pelo governo aos servidores públicos. Porém, no início da gestão do presidente Aécio Neves (PSDB-MG), no ano passado, os deputados receberam um aumento na verba de gabinete.
A Câmara passou a pagar as despesas dos deputados com a manutenção e o aluguel de escritório e o deslocamento no Estado de origem até o limite de R$ 7.000 mensais. Essa verba é considerada salário indireto. Antes os deputados pagavam essas despesas.
Aécio classificou de "absurda" a proposta de aumento salarial para os congressistas e afirmou que não dará seu apoio. Segundo ele, a maioria dos deputados também não concorda com o reajuste salarial. "Essa proposta é defendida por apenas alguns deputados."
Cavalcanti defende que o salário dos parlamentares deva ser equiparado ao dos ministros do STF por uma questão de "sobrevivência". "O que recebemos é muito pouco." O deputado Gilmar Machado (PT-MG) disse que a prioridade será discutir o salário mínimo e a situação dos servidores, mas afirmou ser necessária uma definição dos vencimentos dos congressistas para a próxima legislatura. "A avaliação geral é de que o salário será de R$ 12 mil."


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