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Deputados insistem em reajustar seus salários
DA ENVIADA A BRASÍLIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Mesmo dizendo-se constrangidos com a falta de definição para o
salário mínimo, parlamentares
insistem em votar ainda neste ano
um aumento para seus próprios
vencimentos. No lugar dos R$
17.125 propostos pelo deputado
Severino Cavalcanti (PPB-PE), os
congressistas admitem receber
cerca de R$ 12 mil ou R$ 13 mil.
Hoje eles recebem R$ 8.280 -o
último aumento foi em janeiro,
equivalente aos 3,5% concedidos
pelo governo aos servidores públicos. Porém, no início da gestão
do presidente Aécio Neves
(PSDB-MG), no ano passado, os
deputados receberam um aumento na verba de gabinete.
A Câmara passou a pagar as
despesas dos deputados com a
manutenção e o aluguel de escritório e o deslocamento no Estado
de origem até o limite de R$ 7.000
mensais. Essa verba é considerada
salário indireto. Antes os deputados pagavam essas despesas.
Aécio classificou de "absurda" a
proposta de aumento salarial para
os congressistas e afirmou que
não dará seu apoio. Segundo ele, a
maioria dos deputados também
não concorda com o reajuste salarial. "Essa proposta é defendida
por apenas alguns deputados."
Cavalcanti defende que o salário
dos parlamentares deva ser equiparado ao dos ministros do STF
por uma questão de "sobrevivência". "O que recebemos é muito
pouco." O deputado Gilmar Machado (PT-MG) disse que a prioridade será discutir o salário mínimo e a situação dos servidores,
mas afirmou ser necessária uma
definição dos vencimentos dos
congressistas para a próxima legislatura. "A avaliação geral é de
que o salário será de R$ 12 mil."
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