São Paulo, quinta, 6 de novembro de 1997.




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Cheque pode ligar esquemas

SERGIO TORRES
da Sucursal do Rio

Um cheque de uma irmã de Jorgina Maria de Freitas depositado em conta de firma do argentino Cesar Arrieta prova, para o Ministério Público Federal, o elo entre dois esquemas acusados de fraudar a Previdência em US$ 3,6 bilhões.
O grupo liderado por Jorgina fraudou o INSS em US$ 600 milhões.
Por sua vez, esquema chefiado por Cesar de la Cruz Mendoza Arrieta, 46, teria fraudado a Previdência em US$ 3 bilhões, acusa o Ministério Público Federal.
Arrieta cumpriu dois períodos de prisão preventiva e aguarda em liberdade o julgamento dos processos em que é acusado por corrupção ativa contra funcionários públicos federais, formação de quadrilha e fraudes contra a Previdência. A denúncia dos procuradores Arthur Gueiros, Alex de Miranda e Rogério Nascimento foi acatada pela Justiça Federal do Rio.
Dois processos contra Arrieta estão tramitando na 13ª Vara Federal. As sentenças estão previstas para o ano que vem.
Um cheque assinado por Ana Nery de Freitas, irmã e procuradora de Jorgina, modificou a impressão de que nunca se conseguiria demonstrar que os dois esquemas realizavam ações em conjunto.
No valor de Cr$ 1.936,21, o cheque foi depositado em 10 de janeiro de 1992 na conta 11.400/96 do Bamerindus. Na época, Jorgina não havia sido condenada.
A conta pertence à firma Iafa Construções Elétricas Limitada, que, à época, tinha Arrieta como sócio.
O comprovante do depósito foi apreendido na sede da Iafa por policiais federais e procuradores da República, no final de 1995.



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