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Cheque pode
ligar esquemas
SERGIO TORRES
da Sucursal do Rio
Um cheque de uma irmã
de Jorgina Maria de Freitas
depositado em conta de firma do argentino Cesar Arrieta prova, para o Ministério Público Federal, o elo
entre dois esquemas acusados de fraudar a Previdência em US$ 3,6 bilhões.
O grupo liderado por Jorgina fraudou o INSS em
US$ 600 milhões.
Por sua vez, esquema chefiado por Cesar de la Cruz
Mendoza Arrieta, 46, teria
fraudado a Previdência em
US$ 3 bilhões, acusa o Ministério Público Federal.
Arrieta cumpriu dois períodos de prisão preventiva
e aguarda em liberdade o
julgamento dos processos
em que é acusado por corrupção ativa contra funcionários públicos federais,
formação de quadrilha e
fraudes contra a Previdência. A denúncia dos procuradores Arthur Gueiros,
Alex de Miranda e Rogério
Nascimento foi acatada pela Justiça Federal do Rio.
Dois processos contra Arrieta estão tramitando na
13ª Vara Federal. As sentenças estão previstas para o
ano que vem.
Um cheque assinado por
Ana Nery de Freitas, irmã e
procuradora de Jorgina,
modificou a impressão de
que nunca se conseguiria
demonstrar que os dois esquemas realizavam ações
em conjunto.
No valor de Cr$ 1.936,21,
o cheque foi depositado em
10 de janeiro de 1992 na
conta 11.400/96 do Bamerindus. Na época, Jorgina
não havia sido condenada.
A conta pertence à firma
Iafa Construções Elétricas
Limitada, que, à época, tinha Arrieta como sócio.
O comprovante do depósito foi apreendido na sede
da Iafa por policiais federais
e procuradores da República, no final de 1995.
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