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"Vintões" comandam operação da PF
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BOA VISTA (RR)
No comando da investigação
do "escândalo dos gafanhotos"
estão um procurador da República de 25 anos, um delegado de Polícia Federal de 28 e um promotor
de Justiça de 26.
Os três lideram a força-tarefa
que reúne integrantes da Polícia
Federal e dos Ministérios Públicos
Estadual e Federal.
O cearense Rômulo Moreira
Conrado, 25, é o mais novo do
grupo. Aos 23 anos de idade ele já
era procurador da República. Hoje, com a fama de "mão pesada",
devido às duras ações que encaminha, conforme colegas de trabalho, é chefe do Ministério Público Federal de Roraima.
Franzino, tímido e de fala mansa, Conrado, que é filho de um comerciante com uma dona-de-casa, afirma que a pouca idade nunca foi obstáculo para suas responsabilidades. "É preciso somente
dedicação ao trabalho", disse o
procurador, que é casado há pouco mais de um ano e "fanático"
por corridas de Fórmula 1:
"O nosso trabalho é em equipe.
Dividimos responsabilidades e
não há espaço para pressões".
O paulistano Julio César Baida
Filho, 28, delegado da PF há um
ano, tem de aliar o cuidado com a
mulher grávida com a atenção à
presidência de 40 inquéritos instaurados para apurar a fraude.
"O peso da nossa responsabilidade é grande, mas vejo que ações
como essas fazem com que a população volte a ter fé na polícia, na
Justiça", declarou, que levou o ex-governador Neudo Campos (PP)
para uma cela da cadeia pública
de Boa Vista.
Filho chegou a trabalhar em
uma locadora de vídeos e em um
banco privado. Ele afirma, porém, que ser delegado sempre foi
seu grande sonho.
O terceiro pilar da força-tarefa é
o brasiliense Alexandre Moreira
Tavares dos Santos, 26, promotor
de defesa do Patrimônio Público.
Longe da família e da namorada,
que continuam em Brasília, gasta
parte do que ganha com as contas
telefônicas, mas se diz realizado.
Quando questionado se tem algum temor estando à frente de
uma investigação com tantos interesses, é enfático: "Se nós, promotores, procuradores e delegados tivermos receio de enfrentar o
crime organizado, quem vai enfrentar?"
(JM)
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