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São Paulo, sábado, 06 de dezembro de 2003

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EUA adotam sistema há 30 anos

DA REPORTAGEM LOCAL

Nos EUA, as políticas de ações afirmativas já existem há mais de 30 anos, mas ainda geram polêmica. Em 1978, uma decisão daquele país julgou que o sistema de cotas praticado então pela Universidade da Califórnia era ilegal.
Porém, a decisão foi dúbia e deu brechas para que as universidades continuassem adotando políticas de ações afirmativas.
Hoje, apesar de não haver cotas predeterminadas, estudantes negros, hispânicos ou de outras minorias podem ter, em algumas universidades, pontos a mais no processo de seleção.
Apesar de já ser prática na maioria das universidades mais concorridas dos Estados Unidos, neste ano esse sistema voltou a ser contestado na Suprema Corte em uma ação envolvendo a Universidade de Michigan, em que se questionava o sistema de admissão da Faculdade de Direito orientado ao favorecimento de minorias raciais.
No dia 23 de junho, a Suprema Corte dos EUA decidiu pela constitucionalidade das políticas de ação afirmativa na universidade.
A Faculdade de Direito de Michigan tem 3.500 candidatos para 350 vagas. Sem a adoção das ações afirmativas, os negros comporiam 4% do corpo de alunos, ao passo que, com as ações, passam a compor 14,5%. Não há estatísticas desse tipo nas grandes universidades públicas brasileiras, mas estima-se que na Universidade de São Paulo os negros nunca tenham chegado a 3%.


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