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EUA adotam sistema há 30 anos
DA REPORTAGEM LOCAL
Nos EUA, as políticas de ações
afirmativas já existem há mais de
30 anos, mas ainda geram polêmica. Em 1978, uma decisão daquele país julgou que o sistema de
cotas praticado então pela Universidade da Califórnia era ilegal.
Porém, a decisão foi dúbia e deu
brechas para que as universidades
continuassem adotando políticas
de ações afirmativas.
Hoje, apesar de não haver cotas
predeterminadas, estudantes negros, hispânicos ou de outras minorias podem ter, em algumas
universidades, pontos a mais no
processo de seleção.
Apesar de já ser prática na
maioria das universidades mais
concorridas dos Estados Unidos,
neste ano esse sistema voltou a ser
contestado na Suprema Corte em
uma ação envolvendo a Universidade de Michigan, em que se
questionava o sistema de admissão da Faculdade de Direito
orientado ao favorecimento de
minorias raciais.
No dia 23 de junho, a Suprema
Corte dos EUA decidiu pela constitucionalidade das políticas de
ação afirmativa na universidade.
A Faculdade de Direito de Michigan tem 3.500 candidatos para
350 vagas. Sem a adoção das ações
afirmativas, os negros comporiam 4% do corpo de alunos, ao
passo que, com as ações, passam a
compor 14,5%. Não há estatísticas
desse tipo nas grandes universidades públicas brasileiras, mas estima-se que na Universidade de
São Paulo os negros nunca tenham chegado a 3%.
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