São Paulo, quarta, 7 de janeiro de 1998.




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TV espera triplicar receita com cobrança

da Reportagem Local

A rádio e TV Cultura espera triplicar sua receita com a taxa que será cobrada dos consumidores de energia elétrica.
Atualmente, a emissora recebe de R$ 70 milhões a R$ 80 milhões por ano. A nova taxa deve elevar esse valor a pelo menos R$ 200 milhões, na avaliação de Jorge Cunha Lima, presidente da diretoria executiva da Fundação Padre Anchieta, que administra a Cultura.
Lima afirma que a taxa garantirá a independência política à emissora, permitirá sua modernização tecnológica e ampliará o número de programas produzidos pela Cultura.
Assim que começar a receber os novos recursos, a Cultura deixará de depender dos cerca de R$ 55 milhões que recebe a cada ano do governo estadual.
"A taxa garante a sobrevivência da Cultura independentemente da generosidade -ou não- do poder público", diz.
Lima acrescenta que a aplicação dos recursos destinados à Cultura é fiscalizada por várias instâncias: o conselho da Fundação Padre Anchieta, composto por 45 pessoas, o Tribunal de Contas do Estado e auditorias da Secretaria da Fazenda e da empresa Price Waterhouse.
A cobrança da taxa é considerada justa por Lima. Segundo ele, a Cultura presta um serviço de utilidade pública, na medida em que transmite programas de caráter educativo e cultural.
Lima acrescenta que outros países -como Itália, Japão, Inglaterra e Áustria- cobram taxas específicas dos cidadãos para financiar as TVs educativas.



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