São Paulo, sexta, 7 de fevereiro de 1997.

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MÍDIA
Para IPI, jornalismo é profissão cada vez mais arriscada
Cresce número de países que violam a liberdade de imprensa

da Agência Folha, em Porto Alegre

O representante do IPI (Instituto Internacional de Imprensa), Johann Fritz, disse ontem que o jornalismo é cada vez mais uma das profissões mais arriscadas.
Segundo Fritz, em 1989, 130 países violaram a liberdade de imprensa. Em 96, o número de países que não respeitaram o direito à informação subiu para 150.
``Houve novas hostilidades contra a mídia. Até mesmo em sociedades mais avançadas'', disse ele.
O comentário foi feito durante o Encontro Mundial de Entidades Jornalísticas, promovido pela Fiej (Associação Mundial de Jornais), em Porto Alegre (RS).
O presidente Fernando Henrique Cardoso participou do encerramento ontem. ``Quando a imprensa, com humildade, assume mesmo uma função irritante, mas não fica prepotente, não prejulga nem julga, ela tem papel essencial na formação da democracia'', disse em pronunciamento.
Presente ao encontro, o presidente da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa), o colombiano Luís Gabriel Cano, disse que a capacitação do jornalista contribui para a preservação da liberdade de imprensa ao permitir que o profissional comente, opine e divulgue seu material de forma precisa.
América Latina
O presidente da Fiej (Associação Mundial de Jornais), Jayme Sirotsky, afirmou que a imprensa internacional dedica ``pouco espaço'' para a América Latina, destacando seus aspectos negativos.
Sirotsky declarou que existe uma América ``desconhecida, que se democratiza e se abre para o mundo e que não está sendo bem entendida'' pela mídia mundial.

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