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Arcebispo diz ter recebido apoio a críticas à Universal
Segundo dom Aldo, bispos elogiaram sua nota
CÍNTIA ACAYABA
DA AGÊNCIA FOLHA
Após criticar publicamente a
Igreja Universal do Reino de
Deus, o arcebispo metropolitano da Paraíba, dom Aldo di Cillo Pagotto, disse ontem em
uma reunião do Conselho Permanente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), em Brasília, que sua atitude
foi elogiada por outros bispos
presentes ao encontro.
A inauguração de um novo
templo da Igreja Universal do
Reino de Deus em João Pessoa
(PB) com capacidade para
5.100 pessoas, no domingo, levou dom Aldo a redigir uma nota atribuindo a "proliferação
desse e de outros grupos congêneres" às "promessas propaladas por seus líderes, induzindo
o povo de boa fé a alcançar a
prosperidade material em formas imediatistas".
Segundo a Igreja Universal
do Reino de Deus na Paraíba, o
maior templo da igreja no Brasil fica no Rio de Janeiro, com
capacidade para 12 mil fiéis. A
Arquidiocese da Paraíba não
soube informar qual era a
maior igreja do Estado. A Catedral Basílica Nossa Senhora das
Neves, em João Pessoa, considerada a mais representativa
do Estado, tem 300 lugares.
Dom Aldo voltou a dizer que
sua crítica foi uma decisão individual, mas que está relacionada com a visita do papa Bento
16 ao Brasil, em maio.
"O crescimento de grupos religiosos é uma das temáticas da
Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do
Caribe [cuja 5ª edição começa
em 13 de maio, em Aparecida,
com a presença do papa] e, inclusive, o papa Bento 16 já se
pronunciou formalmente sobre o avanço dessas seitas."
Segundo o arcebispo, a repercussão de sua nota na reunião
da CNBB foi "excelente". "Nos
corredores, os bispos vieram
me parabenizar pela minha posição e atitude corajosa", disse.
"Dom Geraldo Majella Agnelo [presidente da CNBB] pediu-me uma cópia da nota." A Folha não conseguiu localizar
dom Geraldo. A CNBB disse
que não irá se pronunciar.
As críticas também tiveram
repercussão fora da reunião da
CNBB. "Telefonei para dom Aldo para parabenizá-lo. Precisamos alertar o povo para abrir os
olhos. O povo deve pedir provas
e não se iludir com qualquer
igreja", disse dom Antônio de
Sousa, bispo emérito da diocese
de Assis (SP).
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