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Reeleição de Temer reforça chapa com PT
Reconduzido à presidência do PMDB,
deputado se fortalece como vice de Dilma
Contrários à aliança com PT
não foram à convenção, que
tinha sido suspensa por uma
liminar derrubada pelo
Superior Tribunal de Justiça
GABRIELA GUERREIRO
DA FOLHA ONLINE
O PMDB elegeu ontem o deputado Michel Temer (SP) para
mais um mandato na presidência do partido. Com a vitória da
chapa de Temer, a única inscrita na convenção nacional da legenda, ganha força dentro do
partido a aliança com o PT nas
eleições presidenciais.
A tônica da convenção foi
mostrar que o PMDB está unido em torno da Temer para fortalecê-lo na indicação à vice-presidência da República na
chapa da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). Dos 597 peemedebistas que elegeram o novo diretório nacional do partido, apenas seis não votaram favoravelmente à chapa.
Nenhum dos caciques contrários à aliança com o PT compareceu à convenção. O grupo
conseguiu liminar suspender a
convenção, mas o STJ (Superior Tribunal de Justiça) restabeleceu o encontro.
"Foi uma afronta ao partido,
uma violência contra a democracia", disse o ex-governador
Orestes Quércia. Ele é favorável a uma aliança com o governador José Serra (PSDB).
O senador Valdir Raupp (RO)
foi eleito vice-presidente do
PMDB, depois de uma disputa
interna com Romero Jucá
(RR). Como Temer deve se licenciar do cargo em junho para
disputar as eleições, o vice vai
assumir o comando do PMDB.
O PT enviou como emissário
o ministro Alexandre Padilha
(Relações Institucionais), na
tentativa de mostrar que prioriza o PMDB como parceiro na
disputa presidencial.
A convenção se transformou
num desagravo a Temer, aclamado como o futuro vice-presidente. O presidente do Banco
Central, Henrique Meirelles,
também cotado para vice, foi à
convenção com o discurso de
unidade do partido.
Os ministros Geddel Vieira
Lima (Integração Nacional),
Hélio Costa (Comunicações) e
Edison Lobão (Minas e Energia) foram apoiar Temer. Também estiveram presentes seis
governadores, entre eles Sérgio
Cabral (RJ).
Temer já deu início às conversas para montar o programa
de governo do PMDB depois do
Carnaval. O deputado afirmou
que o partido quer ser protagonista no eventual governo de
Dilma. "Se fizermos aliança, como muito possivelmente vamos fazer, vamos estabelecer
um programa para o país. Até
então, o PMDB entrava depois
no governo. Agora, a gente entra antes", afirmou.
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