|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Office boy reforça elo entre a IBF e a Split
da Sucursal de Brasília
Depoimento do office boy Sandro Luís Cipriano ontem à PF reforçou a suspeita de que a IBF Factoring é uma empresa ``laranja''
da distribuidora Split.
No período em que trabalhou na
Split, Sandro retirou talões de cheques da IBF na agência do banco
Dimensão do Itaim Bibi.
``Eu ia retirar talões de cheques e
os entregava para a Dalva Gonçalves'', disse Sandro à PF, referindo-se à secretária da Split.
O relator da CPI, senador Roberto Requião, disse que perícia da PF
também constatou que os cheques
da IBF não eram preenchidos em
máquinas ou computadores da
própria empresa, mas sim da Split.
O relato do office boy e a perícia
da PF confirmam aquilo que, há
duas semanas, havia dito à CPI o
dono da IBF, Ibraim Borges Filho.
Ele afirmara que a IBF funcionava apenas como ``laranja'' da Split
-ou seja, uma empresa de fachada para encobrir operações supostamente irregulares da Split.
Borges Filho contou que apenas
assinava cheques e documentos
em branco, que eram preenchidos
pela Split. Em troca, receberia comissão de 0,03% das operações.
Com capital social de apenas R$
10 mil, A IBF movimentou R$ 123
milhões, dos quais ficou com apenas R$ 80 mil, segundo a PF.
Ontem, depôs na CPI o sócio
majoritário da Split, Enrico Piccioto, que negou que sua empresa
fosse a verdadeira proprietária da
IBF. Piccioto alegou que Borges Filho, embora não o conhecesse,
comparecia frequentemente à
Split para propor negócios.
Nesses contatos, Borges Filho teria conhecido Dalva, da Split.
Ela teria se disposto a prestar favores para a IBF, como a busca de
talões de cheques. A CPI resolveu
fazer uma acareação com esses
personagens na quarta que vem.
Para checar quem está mentindo, serão colocados frente a frente
Sandro, Dalva, Borges Filho, Piccioto e outro ex-office boy da Split,
Alex Sandro dos Santos.
Novo depoimento
A PF intimou ontem Borges Filho para esclarecer operações suspeitas, no valor atualizado de R$
64,2 milhões, realizadas em setembro de 1993 com a Split. Em fevereiro passado, Borges Filho confessou à CPI que atuou como ``laranja'' da Split.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|