São Paulo, quarta-feira, 07 de março de 2007

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Documento ressalta onda de violência em SP

DA REPORTAGEM LOCAL

O relatório do Departamento de Estado do governo americano sobre a situação dos direitos humanos no mundo afirma que está "disseminada" a prática, no Brasil, de assassinatos "fora-da-lei" por "policiais estaduais (militares e civis)".
O relatório ressalta a onda de violência ocorrida em São Paulo a partir de maio de 2006, quando dos atentados contra alvos do Estado praticados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). O estudo também assinala a reação policial.
"A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo relatou que a polícia de São Paulo (civil e militar) matou 328 civis nos primeiros seis meses do ano [2006], contra 178 no mesmo período de 2005", diz o texto.
De acordo com o relatório, as investigações sobre o possível assassinato de "inocentes", durante a retaliação da polícia, foram "inconclusivas".
Citando um levantamento da faculdade Candido Mendes, do Rio, o documento estima que cerca de 3.000 pessoas tenham sido assassinadas pela polícia nos Estados de São Paulo e Rio somente no ano passado.
Segundo o estudo, "numerosos e críveis relatórios indicam o contínuo envolvimento de funcionários das polícias estaduais em mortes por vingança e intimidação e assassinato de testemunhas envolvidas em depoimentos contra policiais".
O relatório aponta ainda a prática da tortura policial: "A tortura por policiais e guardas de prisões permanece um problema sério e disseminado".
No capítulo das "prisões arbitrárias e detenções", o relatório conclui que a polícia continua a efetuá-las. Voltando a citar os atentados do PCC, o relatório diz que na época o governo informou ter detido 125 pessoas em dez dias, mas "os detalhes" sobre as acusações não foram fornecidos. (RV)


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