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Documento ressalta onda de violência em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
O relatório do Departamento
de Estado do governo americano sobre a situação dos direitos
humanos no mundo afirma que
está "disseminada" a prática,
no Brasil, de assassinatos "fora-da-lei" por "policiais estaduais
(militares e civis)".
O relatório ressalta a onda de
violência ocorrida em São Paulo a partir de maio de 2006,
quando dos atentados contra
alvos do Estado praticados pelo
PCC (Primeiro Comando da
Capital). O estudo também assinala a reação policial.
"A Secretaria de Segurança
Pública de São Paulo relatou
que a polícia de São Paulo (civil
e militar) matou 328 civis nos
primeiros seis meses do ano
[2006], contra 178 no mesmo
período de 2005", diz o texto.
De acordo com o relatório, as
investigações sobre o possível
assassinato de "inocentes", durante a retaliação da polícia, foram "inconclusivas".
Citando um levantamento da
faculdade Candido Mendes, do
Rio, o documento estima que
cerca de 3.000 pessoas tenham
sido assassinadas pela polícia
nos Estados de São Paulo e Rio
somente no ano passado.
Segundo o estudo, "numerosos e críveis relatórios indicam
o contínuo envolvimento de
funcionários das polícias estaduais em mortes por vingança e
intimidação e assassinato de
testemunhas envolvidas em
depoimentos contra policiais".
O relatório aponta ainda a
prática da tortura policial: "A
tortura por policiais e guardas
de prisões permanece um problema sério e disseminado".
No capítulo das "prisões arbitrárias e detenções", o relatório conclui que a polícia continua a efetuá-las. Voltando a citar os atentados do PCC, o relatório diz que na época o governo informou ter detido 125 pessoas em dez dias, mas "os detalhes" sobre as acusações não foram fornecidos.
(RV)
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