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Definição do STF deve sair no dia 17
DA REPORTAGEM LOCAL
O próximo passo da sucessão
presidencial -a conclusão do arranjo das coalizões estaduais que
darão sustentação aos candidatos
ao Palácio do Planalto- está em
suspenso até o dia 17 de abril.
Nessa data, o STF (Supremo
Tribunal Federal) apreciará se vale ou não a decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que, em 26
de fevereiro, aprovou o entendimento de que as coligações nos
Estados têm de ser feitas entre
partidos que também as acertaram nacionalmente.
Interlocutores de integrantes do
Supremo avaliam que será uma
votação apertada. Haveria uma
tendência a aceitar a verticalização, mas com entrada em vigor
somente a partir da próxima eleição, para não contrariar o princípio constitucional de que mudanças eleitorais têm de ser feitas um
ano antes do pleito.
A decisão estava prevista para a
próxima quarta-feira, mas deve
ser adiada em uma semana. Anteontem, a Advocacia Geral da
União concluiu a sua defesa da
verticalização.
O STF pediu ainda a manifestação do procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, que
tem cinco dias para elaborá-la. Só
aí a verticalização será votada.
Há ainda uma outra análise de
pessoas próximas a ministros do
STF que aponta para a simples
derrubada da verticalização pelos
ministros do tribunal.
Como o TSE permitiu a livre coligação para quem não participar
da campanha ao Planalto, interlocutores de integrantes do Supremo dizem que aumentaram as
chances de a resolução ser derrubada. Seria a prova de que a eleição, na "circunscrição estadual,
não se comunica com a da circunscrição nacional".
Esse é o centro da polêmica,
pois a lei diz que não são permitidas coligações diferentes na mesma "circunscrição". O TSE entendeu que a eleição presidencial está
vinculada à estadual. O STF pode
ter entendimento diferente.
Congresso
Além do campo jurídico, existem ainda uma batalha no Congresso. O Senado aprovou decreto legislativo que derruba a verticalização. A medida precisa ser
votada ainda na Câmara, mas
também deve ser questionada no
Supremo.
O deputado federal Miro Teixeira (PDT-RJ), autor da consulta
ao TSE que gerou a verticalização,
vai questionar se um decreto legislativo tem poder de derrubar a
interpretação do TSE de uma lei.
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