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Estaleiros são ativados
e área rural é ignorada
DA SUCURSAL DO RIO
A principal intervenção do governo Garotinho na economia foi
a reativação dos estaleiros. O setor
naval, que chegou a empregar 33
mil pessoas nos anos 80, estava
praticamente paralisado, com os
principais estaleiros fechados.
O governo acionou a Petrobras
para encomendar navios no país e
atraiu empresas estrangeiras com
incentivos fiscais. O número de
empregados está aquém do registrado no passado: 7.500, segundo
o sindicato dos metalúrgicos.
Para a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), foi dada continuidade à
política industrial do governo anterior. Garotinho associa a baixa
taxa de desemprego da região metropolitana do Rio à sua gestão.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),
esse fenômeno se repete há 19
anos, desde que foi criada a Pesquisa Mensal de Emprego, e está
associado a fatores como a redução do fluxo migratório, a entrada
tardia dos jovens no mercado de
trabalho e a alta proporção de
aposentados e de funcionários
públicos na população do Estado.
André Urani, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade,
diz que a taxa média de desemprego nos três anos do governo
Garotinho foi de 5%, enquanto no
governo de seu antecessor, Marcelo Alencar, foi de 4,1%. Segundo
ele, o indicador não pode ser associado à política estadual.
Garotinho enfrenta resistências
entre os produtores rurais. O presidente da Federação da Agricultura, Rodolfo Tavares, diz que a
agropecuária recebeu apenas
0,35% do orçamento estadual e
continua estagnada. O ex-governador diz que triplicou o crédito
rural e subsidiou a instalação de
energia elétrica em 20 mil propriedades.
(EL)
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