São Paulo, domingo, 07 de abril de 2002

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Estaleiros são ativados e área rural é ignorada

DA SUCURSAL DO RIO

A principal intervenção do governo Garotinho na economia foi a reativação dos estaleiros. O setor naval, que chegou a empregar 33 mil pessoas nos anos 80, estava praticamente paralisado, com os principais estaleiros fechados.
O governo acionou a Petrobras para encomendar navios no país e atraiu empresas estrangeiras com incentivos fiscais. O número de empregados está aquém do registrado no passado: 7.500, segundo o sindicato dos metalúrgicos.
Para a Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro), foi dada continuidade à política industrial do governo anterior. Garotinho associa a baixa taxa de desemprego da região metropolitana do Rio à sua gestão.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), esse fenômeno se repete há 19 anos, desde que foi criada a Pesquisa Mensal de Emprego, e está associado a fatores como a redução do fluxo migratório, a entrada tardia dos jovens no mercado de trabalho e a alta proporção de aposentados e de funcionários públicos na população do Estado.
André Urani, do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade, diz que a taxa média de desemprego nos três anos do governo Garotinho foi de 5%, enquanto no governo de seu antecessor, Marcelo Alencar, foi de 4,1%. Segundo ele, o indicador não pode ser associado à política estadual.
Garotinho enfrenta resistências entre os produtores rurais. O presidente da Federação da Agricultura, Rodolfo Tavares, diz que a agropecuária recebeu apenas 0,35% do orçamento estadual e continua estagnada. O ex-governador diz que triplicou o crédito rural e subsidiou a instalação de energia elétrica em 20 mil propriedades. (EL)


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