São Paulo, quarta-feira, 07 de abril de 2004

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Pacifistas dos EUA criticam posição do Brasil

DE NOVA YORK

Integrantes de organizações pacifistas e de um dos principais centros de estudos dos EUA, entrevistados pela Folha, criticaram ontem a resistência do governo brasileiro em abrir completamente suas instalações de enriquecimento de urânio.
Wade Boese, diretor da Associação de Controle de Armamentos, disse que a posição do Brasil "não ajuda". "Neste momento, o país não está fazendo nada de ilegal, mas, se não tem o que temer, não deveria esconder setores de suas instalações."
Para Miriam Rajkumar, especialista em não-proliferação nuclear da organização pacifista "Carnegie Endowment for International Peace", uma das razões por trás da querela atual é o interesse dos EUA em fiscalizar as instalações do Irã. Para ela, os países devem seguir as mesmas regras.
Para o especialista em América Latina do Brookings Institute, Rafael Fernandez de Castro, a atitude preocupa por apresentar ameaças ao equilíbrio da região. Para ele, "aparentemente há pessoas na administração Lula que são muito nacionalistas" e têm uma atitude "típica dos anos 70".


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