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Pacifistas dos EUA criticam posição do Brasil
DE NOVA YORK
Integrantes de organizações pacifistas e de um dos
principais centros de estudos dos EUA, entrevistados
pela Folha, criticaram ontem a resistência do governo
brasileiro em abrir completamente suas instalações de
enriquecimento de urânio.
Wade Boese, diretor da
Associação de Controle de
Armamentos, disse que a
posição do Brasil "não ajuda". "Neste momento, o país
não está fazendo nada de ilegal, mas, se não tem o que temer, não deveria esconder
setores de suas instalações."
Para Miriam Rajkumar,
especialista em não-proliferação nuclear da organização pacifista "Carnegie Endowment for International
Peace", uma das razões por
trás da querela atual é o interesse dos EUA em fiscalizar
as instalações do Irã. Para
ela, os países devem seguir
as mesmas regras.
Para o especialista em
América Latina do Brookings Institute, Rafael Fernandez de Castro, a atitude
preocupa por apresentar
ameaças ao equilíbrio da região. Para ele, "aparentemente há pessoas na administração Lula que são muito
nacionalistas" e têm uma
atitude "típica dos anos 70".
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