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Invasão bate ritmo de desapropriação
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ritmo de desapropriações de
terra no país, apesar de ter crescido 86% no primeiro trimestre
deste ano em relação ao ano passado, está na contramão das ações
dos sem-terra nos Estados.
Por um lado, há uma indicação
de que o governo federal não tem
conseguido impedir as invasões
por meio de resultados práticos
de suas ações.
Por outro, há o argumento de
que uma reforma agrária de qualidade, com direito a água, luz, esgoto e estradas de acesso, por
exemplo, não ocorre a reboque
das pressões dos sem-terra.
Alguns exemplos: líder absoluto
de invasões e de famílias acampadas, Pernambuco aparece apenas
na sétima colocação do ranking
de desapropriações entre janeiro
e março deste ano.
Até agora, por lá, sete áreas foram desapropriadas para fins de
reforma agrária, totalizando 8.975
hectares, suficientes para assentar
cerca de 260 famílias.
Em todo o ano passado, em Pernambuco, 40 propriedades rurais
foram desapropriadas por meio
de decretos.
Menos é mais
Já o Maranhão, que, no ano passado, teve apenas duas invasões
de terra registradas pela Ouvidoria Agrária Nacional (Pernambuco teve 76 casos), contou com o
maior volume de áreas desapropriadas neste ano por meio de decretos presidenciais.
Entre os meses de janeiro e março, foram seis propriedades, totalizando 19,1 mil hectares. Em
2004, foram 29 áreas.
No primeiro trimestre deste
ano, atrás do Maranhão, na comparação por volume de hectares,
aparecem Ceará (18,1 mil), Minas
Gerais (17,7 mil), Tocantins (16
mil) e Bahia (14,3 mil).
O Estado de São Paulo, que lidera com seis invasões de terra o
ranking de ações entre janeiro e
fevereiro deste ano, conta com
apenas duas áreas desapropriadas
(com 8.050 hectares).
(EDS)
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