São Paulo, quinta-feira, 07 de abril de 2005

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Invasão bate ritmo de desapropriação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ritmo de desapropriações de terra no país, apesar de ter crescido 86% no primeiro trimestre deste ano em relação ao ano passado, está na contramão das ações dos sem-terra nos Estados.
Por um lado, há uma indicação de que o governo federal não tem conseguido impedir as invasões por meio de resultados práticos de suas ações.
Por outro, há o argumento de que uma reforma agrária de qualidade, com direito a água, luz, esgoto e estradas de acesso, por exemplo, não ocorre a reboque das pressões dos sem-terra.
Alguns exemplos: líder absoluto de invasões e de famílias acampadas, Pernambuco aparece apenas na sétima colocação do ranking de desapropriações entre janeiro e março deste ano.
Até agora, por lá, sete áreas foram desapropriadas para fins de reforma agrária, totalizando 8.975 hectares, suficientes para assentar cerca de 260 famílias.
Em todo o ano passado, em Pernambuco, 40 propriedades rurais foram desapropriadas por meio de decretos.

Menos é mais
Já o Maranhão, que, no ano passado, teve apenas duas invasões de terra registradas pela Ouvidoria Agrária Nacional (Pernambuco teve 76 casos), contou com o maior volume de áreas desapropriadas neste ano por meio de decretos presidenciais.
Entre os meses de janeiro e março, foram seis propriedades, totalizando 19,1 mil hectares. Em 2004, foram 29 áreas.
No primeiro trimestre deste ano, atrás do Maranhão, na comparação por volume de hectares, aparecem Ceará (18,1 mil), Minas Gerais (17,7 mil), Tocantins (16 mil) e Bahia (14,3 mil).
O Estado de São Paulo, que lidera com seis invasões de terra o ranking de ações entre janeiro e fevereiro deste ano, conta com apenas duas áreas desapropriadas (com 8.050 hectares). (EDS)


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