São Paulo, sexta-feira, 07 de maio de 2004 |
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PAINEL Sujeito a chuvas Líderes governistas já fizeram soar o alarme. Avaliam que, se o governo não apresentar emenda aumentando o salário mínimo além dos R$ 260, a oposição tem grandes chances de emplacar sua proposta de R$ 275. Sem conversa Ao menos por ora, o Planalto não revela disposição para dar um centavo além dos R$ 260. Alega que o gesto desmoralizaria Lula e a equipe econômica, já sem voz de tanto repetir que esse valor seria o máximo possível. DataDuda Resultado do cronômetro no programa de televisão do PT levado ao ar na noite de ontem: 6min30s para Antonio Palocci; 3min30s para José Dirceu. Musculação 1 A derrota do governo na MP dos Bingos foi a senha para José Dirceu voltar com tudo à articulação política -não que a tenha abandonado de todo um dia. O "gerente" está administrando de perto a encrenca entre José Sarney, Renan Calheiros e Aloizio Mercadante no Senado. Musculação 2 O chefe da Casa Civil passou o dia ao telefone com senadores aliados. Repreendeu diretamente ausentes da votação da MP e se inteirou da pauta na tentativa de evitar novas surpresas. Nem te ligo Na reunião do Conselho Político, Antonio Palocci não cumprimentou Valdemar Costa Neto, que uma vez pediu sua cabeça e depois passou a exigir a de Henrique Meirelles. O presidente do PL, por sua vez, ficou olhando para o teto durante o discurso do ministro. Menino levado Na frente de Lula, Roberto Freire criticou programas sociais do governo. "É melhor dar aumento aos aposentados do que criar políticas ineficientes", disse o presidente do PPS na reunião do conselho político. Herança superfaturada 1 Edição recente do boletim governamental "Em questão" culpa FHC pela impossibilidade de Lula conceder reajuste maior ao salário mínimo. Diz que, ao assumir, o petista encontrou dívida pública equivalente a 60% do PIB. Eram, na verdade, 55,5%. Herança superfaturada 2 Ainda segundo o "Em questão", Lula chegou ao Planalto com juros de 26% (eram 25%), dólar a R$ 4 (estava em R$ 3,53) e inflação projetada para 2003 de 30% (na realidade, 13%). Jeitinho mineiro Está fechado o acordo entre Aécio Neves e Fernando Pimentel pela "neutralidade" do governador na eleição para a Prefeitura de Belo Horizonte. A intenção do tucano era apoiar oficialmente a reeleição do petista, mas o PSDB não deixou. Fratura tucana A maioria dos tucanos seguirá Aécio. O grupo de Eduardo Azeredo apoiará Roberto Brant (PFL). E deputados devem fechar com a candidatura do vice-governador Clésio Andrade (PL), rompido com Aécio. Mata-mata O ex-goleiro João Leite deixou ontem o secretariado de Aécio para disputar a prefeitura. Mas enfrentará prévias no PSB, que tem forte ala pró-Pimentel. Bem na foto O TRE-BA recusou liminar pedida pelo PFL para que o concorrente petista à Prefeitura de Salvador, Nelson Pellegrino, retire outdoors que espalhou pela cidade. Como troco, o partido promete cartazes com a foto de seu candidato, Cesar Borges. Visita à Folha Paulo Renato Souza, ex-ministro da Educação e presidente da Paulo Renato Souza Consultores, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Edílson Coelho, assessor de comunicação. TIROTEIO Do deputado pefelista Rodrigo Maia (RJ), sobre o governo forçar sua base a aprovar o salário mínimo de R$ 260: -As ações dos fabricantes de papel vão subir de tantos panfletos que vamos fazer com as fotos de governistas que votarem a favor desse valor ridículo. CONTRAPONTO Fome Zero
Após a queda de Salvador
Allende e a chegada ao poder do
ditador Augusto Pinochet, em
1973, um grupo de aproximadamente 300 políticos brasileiros
exilados no Chile buscou refúgio na embaixada do Panamá. |
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