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CONGRESSO
Base de apoio se articula para tentar mudanças
Para governo, reforma passará por comissão especial sem alterações
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um dia depois da aprovação do
texto da reforma da Previdência
na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara, os líderes governistas afirmaram ter a
certeza de que aprovarão a proposta também na comissão especial da reforma, que será instalada
até a quarta-feira.
"Temos um acúmulo [de acordos e negociação] que julgamos
suficiente para segurar a proposta
daqui em diante", afirmou o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), líder do governo na Casa.
Ele disse que o Planalto defenderá o texto na íntegra, sem alterações na "espinha dorsal", mas a
base aliada e a oposição terão suas
sugestões discutidas.
A reforma foi declarada constitucional na CCJ por 44 votos a 13.
Agora, será analisada por cerca de
dois meses em uma comissão especial antes de ir a plenário.
Apesar do otimismo do governo, vários partidos da base, incluindo o PT, mostraram que se
empenharão para fazer mudanças. O PT recebeu de seus deputados 154 emendas às duas reformas (a maioria para a previdenciária) e definirá nos próximos
dias as que serão defendidas pela
bancada. Na segunda, os 23 vice-líderes da bancada se reúnem
com o ministro José Dirceu (Casa
Civil) para discutir os pontos que
receberão o apoio do governo.
O governo terá que trabalhar
também contra a pressão do Judiciário. O novo presidente do STF
(Supremo Tribunal Federal),
Maurício Corrêa, criticou ontem
a reforma. Rebelo disse que as críticas eram "naturais" e não acredita que as declarações possam
influenciar eventuais julgamentos
sobre o tema.
(RANIER BRAGON)
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