São Paulo, quarta-feira, 07 de junho de 2006

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Confronto deixa pelo menos 41 feridos; dois são sem-terra

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O conflito entre integrantes da Polícia Legislativa e manifestantes do MLST deixou pelo menos 41 feridos segundo registros do departamento médico da Câmara. Dois foram identificados como ligados ao movimento; a maioria é do Legislativo, um foi gravemente ferido.
Coordenador de logística do departamento de Polícia Legislativa da Câmara, Normando Fernandes, 35, levou uma pancada na cabeça e foi internado na unidade de terapia intensiva do hospital Santa Lúcia.
Os médicos informaram que não há risco de morte. Com um traumatismo craniano, ele foi sedado, mas às 19h já estava consciente. Segundo seu pai, José Fernandes, o segurança é casado, tem uma filha e sua mulher está grávida.
Segundo a Câmara, Fernandes apresentou afundamento lateral esquerdo do crânio, o que gerou um edema cerebral. Ele chegou a sofrer convulsões ao ser atendido pelo departamento médico da Câmara.
"O Normando estava na entrada do anexo 2 quando levou uma tijolada na cabeça. Ele é meu amigo. Estou arrasado", disse Ilton Ferraz, também policial da Câmara.
Na noite de ontem, a Câmara informou que, baseado nas imagens das câmeras de segurança, o principal suspeito de ter atingido o segurança é o manifestante Arildo José da Silva, que seria de Cascavel (PR).
Os dois feridos ligados ao MLST foram detidos ao solicitarem atendimento no departamento médico da Câmara.
Além de Fernandes, o caso mais grave foi de um segurança da Casa não identificado que quebrou uma perna ao ser jogado de cima de uma escada rolante. Segundo a Câmara, as demais pessoas que receberam atendimento não sofreram ferimentos graves.
Com um corte na testa, o policial legislativo Marcio Aurélio contou que os seguranças não conseguiram reagir à ação. "Estava no estacionamento quando eles chegaram de uma vez. Desceram de três ônibus com paus e pedras. Foi uma ação coordenada de vandalismo", afirmou Marcio Aurélio, que não quis dizer o sobrenome.


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