São Paulo, quarta-feira, 07 de junho de 2006

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PERFIL

Filho de família rica, líder atuou em luta armada

MALU DELGADO
DA REPORTAGEM LOCAL

O "revolucionário" Bruno Costa de Albuquerque Maranhão, hoje líder do MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra), foi um dos fundadores, em 1968, do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR).
A vida de guerrilheiro, inclusive com participação em assaltos a bancos na época da ditadura, destoa de sua origem pernambucana: é filho de usineiros, de família rica e tradicional no Estado.
Formou-se em engenharia mecânica na Universidade Federal de Pernambuco. A luta armada acabou sendo um ponto de divergência entre os antigos comunistas.
Depois do AI-5, Bruno Maranhão foi obrigado a viver na clandestinidade. Morou no Chile e em Paris durante o exílio. Em 1980, ajudou a fundar o PT. Dirigiu o partido em Pernambuco de 1983 a 1985. Já disputou uma vaga ao Senado, em 1982, e à Prefeitura de Recife, em 1985. Ele integra o Diretório Nacional da legenda.
Maranhão já era uma antiga referência entre os comunistas quando o presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP), iniciava a vida política. Ontem, os dois comunistas travaram um áspero diálogo durante a invasão. Como presidente da Casa, Aldo repreendeu o comportamento do líder do MLST e a invasão do Congresso.
Ao lado de Francisco Julião, Maranhão militou nas Ligas Camponesas.
Em 1997, ele foi um dos criadores do MLST, em Luiziânia, Goiás. Na época, comparou o MLST ao Movimento Zapatista, do México. "Somos os zapatistas brasileiros", afirmou.
Na Executiva, Maranhão tem a tarefa de consolidar o apoio dos movimentos sociais para a candidatura de reeleição de Lula. Na prática, tem pouca participação na vida partidária, pois prefere militar no MLST.


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