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PERFIL
Filho de família rica, líder atuou em luta armada
MALU DELGADO
DA REPORTAGEM LOCAL
O "revolucionário" Bruno
Costa de Albuquerque Maranhão, hoje líder do MLST
(Movimento de Libertação
dos Sem-Terra), foi um dos
fundadores, em 1968, do Partido Comunista Brasileiro
Revolucionário (PCBR).
A vida de guerrilheiro, inclusive com participação em
assaltos a bancos na época da
ditadura, destoa de sua origem pernambucana: é filho
de usineiros, de família rica e
tradicional no Estado.
Formou-se em engenharia
mecânica na Universidade
Federal de Pernambuco. A
luta armada acabou sendo
um ponto de divergência entre os antigos comunistas.
Depois do AI-5, Bruno Maranhão foi obrigado a viver
na clandestinidade. Morou
no Chile e em Paris durante o
exílio. Em 1980, ajudou a
fundar o PT. Dirigiu o partido em Pernambuco de 1983 a
1985. Já disputou uma vaga
ao Senado, em 1982, e à Prefeitura de Recife, em 1985.
Ele integra o Diretório Nacional da legenda.
Maranhão já era uma antiga referência entre os comunistas quando o presidente
da Câmara, Aldo Rebelo (PC
do B-SP), iniciava a vida política. Ontem, os dois comunistas travaram um áspero
diálogo durante a invasão.
Como presidente da Casa,
Aldo repreendeu o comportamento do líder do MLST e
a invasão do Congresso.
Ao lado de Francisco Julião, Maranhão militou nas
Ligas Camponesas.
Em 1997, ele foi um dos
criadores do MLST, em Luiziânia, Goiás. Na época, comparou o MLST ao Movimento Zapatista, do México. "Somos os zapatistas brasileiros", afirmou.
Na Executiva, Maranhão
tem a tarefa de consolidar o
apoio dos movimentos sociais para a candidatura de
reeleição de Lula. Na prática,
tem pouca participação na
vida partidária, pois prefere
militar no MLST.
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