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Criado em 97, MLST diz atuar em dez Estados
FÁBIO GUIBU
PAULO PEIXOTO
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA
O MLST (Movimento de
Libertação dos Sem-Terra)
afirma controlar cerca de 30
mil famílias (150 mil pessoas) de trabalhadores rurais
em aproximadamente 300
acampamentos e assentamentos no país.
Fundado no dia 21 agosto
de 1997 por meio da fusão de
grupos organizados de lavradores de sete Estados, o movimento atua hoje em dez
unidades da Federação (PE,
RN, AL, MA, BA, TO, SP, MG,
GO e PR).
Um dos principais grupos
que deu origem ao MLST foi
o MST pernambucano (entidade criada em 1985, homônima ao movimento nascido
no Sul do país). A confusão
de nomes foi um dos fatores
que impulsionaram o surgimento da nova entidade.
Sob o comando de Bruno
Maranhão, ex-integrante da
resistência armada contra a
ditadura e membro da executiva nacional do PT, o movimento defende a implantação do socialismo, modelo
que acredita ser o único capaz de implementar de fato a
reforma agrária no país.
O MLST apóia a desapropriação de latifúndios, mesmo que eles sejam produtivos. Considera as invasões
necessárias em áreas "socialmente injustas", onde ocorrem trabalho análogo à escravidão ou com exploração
da mão-de-obra infantil.
O movimento prega também a criação de "empresas
comunitárias" no campo e na
cidade, as quais são classificadas como "instrumentos
básicos" para "uma nova economia e uma nova sociedade
gerida pelo povo".
Nesse sistema, os trabalhadores dividiriam as tarefas de todo o processo produtivo. No final, a renda gerada
seria repartida entre as famílias. A organização defende o
fim da divisão dos assentamentos em lotes individuais
e a implantação de glebas comunitárias no Brasil.
Em 2002, devido a uma
disputa por terra, o MLST se
fragmentou em Minas Gerais. Criado a partir dessa
dissidência, o MLST de Luta
se uniu então a outros dois
movimentos sociais de Pernambuco e Goiás, com características mais urbanas, originando o Movimento Terra,
Trabalho e Liberdade.
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