São Paulo, quarta-feira, 07 de junho de 2006

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Criado em 97, MLST diz atuar em dez Estados

FÁBIO GUIBU
PAULO PEIXOTO
SÍLVIA FREIRE
DA AGÊNCIA FOLHA

O MLST (Movimento de Libertação dos Sem-Terra) afirma controlar cerca de 30 mil famílias (150 mil pessoas) de trabalhadores rurais em aproximadamente 300 acampamentos e assentamentos no país.
Fundado no dia 21 agosto de 1997 por meio da fusão de grupos organizados de lavradores de sete Estados, o movimento atua hoje em dez unidades da Federação (PE, RN, AL, MA, BA, TO, SP, MG, GO e PR).
Um dos principais grupos que deu origem ao MLST foi o MST pernambucano (entidade criada em 1985, homônima ao movimento nascido no Sul do país). A confusão de nomes foi um dos fatores que impulsionaram o surgimento da nova entidade.
Sob o comando de Bruno Maranhão, ex-integrante da resistência armada contra a ditadura e membro da executiva nacional do PT, o movimento defende a implantação do socialismo, modelo que acredita ser o único capaz de implementar de fato a reforma agrária no país.
O MLST apóia a desapropriação de latifúndios, mesmo que eles sejam produtivos. Considera as invasões necessárias em áreas "socialmente injustas", onde ocorrem trabalho análogo à escravidão ou com exploração da mão-de-obra infantil.
O movimento prega também a criação de "empresas comunitárias" no campo e na cidade, as quais são classificadas como "instrumentos básicos" para "uma nova economia e uma nova sociedade gerida pelo povo".
Nesse sistema, os trabalhadores dividiriam as tarefas de todo o processo produtivo. No final, a renda gerada seria repartida entre as famílias. A organização defende o fim da divisão dos assentamentos em lotes individuais e a implantação de glebas comunitárias no Brasil.
Em 2002, devido a uma disputa por terra, o MLST se fragmentou em Minas Gerais. Criado a partir dessa dissidência, o MLST de Luta se uniu então a outros dois movimentos sociais de Pernambuco e Goiás, com características mais urbanas, originando o Movimento Terra, Trabalho e Liberdade.


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