|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Oposição culpa presidente e PT; petistas condenam "vandalismo"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto deputados petistas atacavam no plenário a invasão do MLST, a oposição atribuía responsabilidade pela
ação ao PT e ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
O senador Antonio Carlos
Magalhães (PFL-BA) chamou
Aldo Rebelo (PC do B-SP), presidente da Câmara, de "covarde" e pediu que as "forças militares" reagissem à invasão.
"Reajam comandantes militares. Reajam enquanto é tempo,
antes que o país caia na desgraça de uma ditadura sindical
presidida pelo homem mais
corrupto que que já chegou à
presidência da República."
Aldo, que não autorizou a entrada da tropa de choque da Polícia Militar na Câmara, disse
que não iria sacrificar "a vocação democrática" da instituição, mas que não admitiria
"qualquer forma de violência
ou intimidação".
A senadora Heloísa Helena
(PSOL-AL) também criticou a
manifestação do MLST. "O endereço está errado. Quem define a política de reforma agrária
é o outro lado da praça [dos
Três Poderes]", disse ela.
A senadora Ideli Salvatti
(PT-SC) condenou a ação. "Isso
é inadmissível. Esse tipo de episódio serve muito mais para a
criminalização do movimento
do que para a reforma agrária."
"A bancada do PT condena
com veemência os atos de vandalismo que se verificaram nas
dependências da Câmara", afirmou nota do líder do PT na Câmara, Henrique Fontana (RS).
Alguns deputados defenderam o uso de força para reprimir a manifestação. "Não é
questão de direita ou de esquerda, não é questão ideológica, trata-se de vândalos que
com atos de violência gratuita
querem manchar a imagem",
disse Rodrigo Maia (PFL-RJ).
"Na realidade, estamos acuados e confinados aqui dentro.
Isso é fruto dessa legislatura,
que sofreu o mensalão. Precisamos adotar um gesto exemplar
para que não seja feito esse tipo
de baderna", afirmou José Múcio (PE), líder do PTB.
PCC
Um dos representantes da
bancada ruralista, Ronaldo
Caiado (PFL-GO), afirmou que
o movimento é um "braço do
PCC", organização criminosa
responsável pelos recentes ataques em São Paulo.
"Ninguém teve coragem de
dizer isso até agora; o que aconteceu aqui é o que os paulistas
sofreram. Esse Bruno Maranhão [um dos coordenadores
do movimento] almoça e janta
com o presidente Lula."
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL),
apoiou as medidas tomadas pelo presidente da Câmara. "Isso
é arruaça e tem que ser tratado
como arruaça. Essa gente tem
que ir para a cadeia. Não é movimento de sem-terra, é movimento dos sem-lei", disse.
O presidente interino do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, disse que, "mesmo em momentos de tensão
política, é preciso preservar o
respeito às instituições e encaminhar as reivindicações dentro das regras democráticas".
Texto Anterior: Saiba mais: Criado em 97, MLST diz atuar em dez Estados Próximo Texto: Leniência de Lula encoraja depredações, diz Alckmin Índice
|