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ELEIÇÕES 2006 / PRESIDÊNCIA
Lula sobe e alcança Alckmin em SP, reduto dos tucanos
Pesquisa Ibope mostra empate técnico; em maio, tucano vencia por nove pontos
Segundo o levantamento,
66% acreditam que Lula
tinha conhecimento do
mensalão; 31% dizem que
denúncias são verdadeiras
DA REPORTAGEM LOCAL
Pesquisa do Ibope divulgada
ontem mostra que a pré-candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cresceu
em São Paulo e já alcançou Geraldo Alckmin no Estado.
O petista tem 40% das intenções de voto para presidente,
contra 38% de Alckmin-empate técnico, já que a margem
de erro é de 3 pontos para mais
ou para menos.
Em abril, quando o primeiro
levantamento presidencial da
série encomendada pelo Setcesp (Sindicato das Empresas
de Transporte de Cargas do Estado de SP), foi realizado, o tucano tinha 18 pontos de vantagem sobre Lula em São Paulo,
Estado que Alckmin governou
-vencia por 46% a 28%.
Em maio, Alckmin perdeu
quatro pontos e Lula subiu cinco, reduzindo à metade a vantagem. Agora, Lula voltou a subir
-sete pontos- e Alckmin caiu
outros quatro.
Desta vez, o Ibope foi a campo entre os dias 2 e 4 deste mês,
após Alckmin ter utilizado metade do programa estadual de
televisão do PSDB para se defender das críticas à área da segurança de seu governo e para
atacar Lula.
"É a confirmação da tendência de queda de Alckmin em
São Paulo e o crescimento do
Lula", disse Maurício Garcia,
gerente de projetos do Ibope.
Segundo ele, a crise desencadeada pela facção criminosa
PCC e as recentes incursões de
Lula ao Estado, podem ter influenciado o resultado.
Alckmin estará amanhã com
o pré-candidato tucano ao governo do Estado, José Serra,
em Catanduva.
Nas projeções de segundo
turno, no entanto, o tucano tem
46% contra 43% de Lula.
Corrupção
Questionados pelo Ibope,
66% dos entrevistados disseram acreditar que Lula tinha
conhecimento dos casos de
corrupção denunciados contra
o governo no escândalo do
mensalão. Apenas 23% afirmaram o contrário.
O instituto também perguntou a opinião dos entrevistados
sobre as denúncias contra o governo Lula -39% disseram que
elas são verdadeiras em parte;
31% que elas são totalmente
verdadeiras.
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