São Paulo, quinta-feira, 07 de junho de 2007

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entrevista

Relator do caso Renan quer um processo rápido

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Indicado relator do processo contra o presidente do Senado no Conselho de Ética, o senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA) disse que quer concluir rapidamente o procedimento contra Renan Calheiros (PMDB-AL). Ex-governador do Maranhão, Cafeteira, 82, agora é aliado da família Sarney, de quem já foi um dos mais ferrenhos adversários no Estado. Após dizer, no início da semana, que não há provas contra Renan, o senador foi cauteloso ontem. (FK)

 

FOLHA - Na última segunda-feira o senhor disse que não há prova da acusação. O processo fica assim prejudicado?
EPITÁCIO CAFETEIRA -
Eu falei sobre o que eu conhecia. O processo eu não conheço. Enquanto o processo não chegar na minha mão eu não posso dizer nada.

FOLHA - O senhor acha que as explicações dadas pelo presidente do Senado já foram suficientes?
CAFETEIRA -
Eu não posso julgar porque estou com uma responsabilidade muito grande. Não conheço nem a denúncia do PSOL.

FOLHA - Por que o senhor aceitou essa função?
CAFETEIRA -
Porque é uma missão e ninguém tem direito de recusar uma missão.

FOLHA - O senhor acha que essa crise afeta a imagem do Senado?
CAFETEIRA -
Não posso dizer nada, estou em uma posição difícil.

FOLHA - O que achou do discurso de defesa feito pelo Renan em plenário?
CAFETEIRA -
Eu acho que não existe defesa sem haver ataque. Como não conheço o ataque, não sei se a defesa é boa. Entendo que a imprensa esteja ávida por notícia, mas não posso me violentar nem correr o risco de amanhã ser colocado em uma situação difícil.

FOLHA - O senhor pretende que esse processo seja rápido?
CAFETEIRA -
O que eu puder fazer para ser rápido eu vou fazer.


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