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CPI perde papéis
sobre saques de
Marcos Valério
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A CPI dos Correios suspendeu
ontem o acesso de deputados e senadores a documentos reservados encaminhados à comissão.
O motivo foi o sumiço, na noite
da última terça-feira, de parte do
relatório encaminhado à CPI pelo
Coaf (Conselho de Controle das
Atividades Financeiras) sobre as
movimentações financeiras "atípicas" do publicitário Marcos Valério de Souza, sua mulher e parte
de suas empresas.
O senador Delcídio Amaral
(PT-MS), presidente da CPI, teve
de pedir nova cópia do documento ao órgão vinculado ao Ministério da Fazenda.
Por isso, Amaral decidiu suspender o acesso aos demais documentos até hoje, quando deverá
definir novas regras de consulta
às informações reservadas.
Por determinação de Amaral,
deputados e senadores já não podiam tirar cópias dos documentos reservados.No caso do relatório do Coaf, seis congressistas tiveram acesso às informações e
puderam tomar notas.
Sumiço
Num momento de distração
dos assessores da CPI, parte do relatório desapareceu. O material
que sumiu foram justamente as
páginas do relatório que resumiam as informações e mencionavam depósitos feitos em dinheiro -de R$ 185 mil e R$ 414
mil- na conta da SMPB, uma das
agências das quais o publicitário é
um dos proprietários.
O relatório informava depósitos
de origem não identificada na
conta da DNA, outra agência que
tem o publicitário como sócio, no
valor de R$ 218,94 milhões desde
o início do governo Lula.
O documento confirmava ainda
saques de R$ 20,6 milhões em dinheiro vivo entre julho de 2003 e
maio de 2005 de contas da
SMP&B e da DNA.
(M.S. e R.V)
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