São Paulo, quinta-feira, 07 de julho de 2005

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CPI perde papéis sobre saques de Marcos Valério

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A CPI dos Correios suspendeu ontem o acesso de deputados e senadores a documentos reservados encaminhados à comissão.
O motivo foi o sumiço, na noite da última terça-feira, de parte do relatório encaminhado à CPI pelo Coaf (Conselho de Controle das Atividades Financeiras) sobre as movimentações financeiras "atípicas" do publicitário Marcos Valério de Souza, sua mulher e parte de suas empresas.
O senador Delcídio Amaral (PT-MS), presidente da CPI, teve de pedir nova cópia do documento ao órgão vinculado ao Ministério da Fazenda.
Por isso, Amaral decidiu suspender o acesso aos demais documentos até hoje, quando deverá definir novas regras de consulta às informações reservadas.
Por determinação de Amaral, deputados e senadores já não podiam tirar cópias dos documentos reservados.No caso do relatório do Coaf, seis congressistas tiveram acesso às informações e puderam tomar notas.

Sumiço
Num momento de distração dos assessores da CPI, parte do relatório desapareceu. O material que sumiu foram justamente as páginas do relatório que resumiam as informações e mencionavam depósitos feitos em dinheiro -de R$ 185 mil e R$ 414 mil- na conta da SMPB, uma das agências das quais o publicitário é um dos proprietários.
O relatório informava depósitos de origem não identificada na conta da DNA, outra agência que tem o publicitário como sócio, no valor de R$ 218,94 milhões desde o início do governo Lula.
O documento confirmava ainda saques de R$ 20,6 milhões em dinheiro vivo entre julho de 2003 e maio de 2005 de contas da SMP&B e da DNA.
(M.S. e R.V)


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