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Recém-saídos
integram chapa
na eleição do PT
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Além da pressão para a saída de José Genoino da presidência do PT -hipótese
que ele mesmo não descarta-, o Campo Majoritário
enfrentará outro problema
na reunião do Diretório Nacional no sábado: a composição de sua chapa para a
eleição interna do partido,
programada para setembro.
O prazo para apresentação
dos nomes foi encerrado em
maio. A chapa ainda inclui
Silvio Pereira e Delúbio Soares, recém-saídos da Executiva Nacional sob acusação
do deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) de operarem o
esquema do "mensalão".
A crise rachou tanto o
Campo Majoritário que os
próprios integrantes defendem o adiamento da eleição
e a abertura de prazo para a
montagem de uma nova
chapa. É o caso do ministro
da Educação, Tarso Genro,
segundo o qual "é importante que se avalie a pertinência
de fazer o PED [eleição interna] neste momento".
Para ele, a eleição "tem de
ser suspensa" e a chapa recomposta, pois "a maioria
não é mais a mesma". "Os laços da maioria são tênues".
Outro integrante da chapa
de Genoino, o ministro do
Trabalho, Ricardo Berzoini,
também propõe o adiamento. Após sugerir a renúncia
de Genoino, ele não responde se vai sair da chapa. "A
chapa foi montada numa situação. Agora, é outra."
Embora também prefira, o
assessor especial da Presidência Marco Aurélio Garcia
duvida da chance de acordo
para o cancelamento da eleição. Defende um pacto, para
que o processo seja "produtivo ao partido, não somente
para uma corrente".
A exemplo de Tarso, Marco Aurélio sugere que a Executiva se coloque "à disposição para uma eventual reconstituição", sendo substituída por um "grupo de dirigentes com capacidade para
dialogar com a sociedade".
O próprio Genoino não sabe se fica. "Disse a Genoino
que, seja qual for o seu movimento, tem meu apoio."
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