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Glênio pediu rejeição de processo contra Rural
LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Na quarta-feira da semana passada, o Conselho de Recursos do
Sistema Financeiro Nacional
(Conselhinho) julgou um processo aberto pelo Banco Central contra o Banco Rural e dois de seus
dirigentes. O parecer do procurador da Fazenda Nacional Glênio
Guedes foi pelo arquivamento do
processo. Por unanimidade, o
Conselhinho atendeu ao parecer.
Além de multa de R$ 25 mil para o banco, o BC pedia a inabilitação, por cinco anos, de Danton de
Alencar e a inabilitação, por três
anos, do ex-vice-presidente do
Rural, José Augusto Dumont,
morto em acidente de carro em
abril do ano passado.
Glênio recebeu pelo menos
R$ 902 mil do empresário mineiro Marcos Valério de Souza,
apontado como um dos operadores do suposto pagamento de mesada a parlamentares. Valério disse que
também era amigo de Dumont e
chegou a apresentar o banqueiro
ao diretor de Fiscalização do BC,
Paulo Cavalheiro. Quando o BC
abriu o procedimento administrativo, Dumont ocupava a vice-presidência da instituição.
O processo contra o Banco Rural, banco no qual seria sacado o
suposto "mensalão", seria julgado
em abril deste ano. O representante do BC no Conselhinho, Edmundo de Paulo, pediu, no entanto, vistas ao processo. Depois de
ler o parecer de Glênio Guedes,
decidiu com os demais integrantes pelo arquivamento.
Entre as irregularidades encontradas pelo Banco Central, estavam problemas com depósitos
em dinheiro realizados pelo Rural
no Banco Del Paraná. Também
haveria erros em transferência internacional, em reais, para o Corfan Banco S.A.
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