DA REDAÇÃO

Ligado ao ex-presidente e senador José Sarney (PMDB-AP), o novo ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau Cavalcante Silva, atual presidente da Eletrobrás, é visto como uma solução técnica e política para o ministério.
Rondeau assumirá o lugar do interino Maurício Tolmasquim, no cargo desde a saída da ministra Dilma Rousseff para a Casa Civil. A posse está prevista para amanhã.
Engenheiro eletricista formado pela Universidade Federal de Pernambuco, Rondeau especializou-se em engenharia de linhas de transmissão na Universidade Federal do Rio de Janeiro e tem MBA Executivo Internacional e em Finanças.
Casado e com dois filhos, nasceu no Maranhão e fez grande parte da carreira profissional na região Norte. Foi presidente das distribuidoras de energia de Manaus e do Amazonas e da Eletronorte, geradora que integra o sistema Eletrobrás. Hoje também é parte do Conselho de Administração de Furnas Centrais Elétricas.
No último dia 20 de junho, quando foi oficializada a saída de Dilma do ministério, Rondeau, que já era cotado para substituí-la, elogiou o trabalho da ministra, "que não pode ser largado pela metade" e brincou que seria preciso um clone de Dilma para ocupar o lugar dela.
Rondeau já fez parte de outro projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para aumentar o espaço do PMDB no governo. Em maio de 2004, assumiu a presidência da Eletrobrás por indicação de Sarney, no lugar de Luiz Pinguelli Rosa. O presidente queria garantir que o PMDB continuasse integrando a base de apoio do governo federal no Congresso.
Em janeiro de 2003, no início do governo Lula, a indicação de Rondeau para a Eletronorte também foi feita pelo PMDB. Ele surgiu como alternativa a José Antônio Muniz Lopes, preferência de Sarney na época, mas que encontrou resistência do governador do Acre, Jorge Viana (PT).


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